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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Keystone Innate Immunity: o termômetro da área e perspectivas para o futuro

Começo esse post me lembrando do “Leucócito rolando montanha abaixo” do nosso querido Sergio Lira. Ele começava o post esconjurando a ideia de fazer congressos em estações de esqui: inverno, altitude, neve, frio, etc.

Pois sim, para quem mora em Ribeirão Preto e vive praticamente o ano todo a uma temperatura em que bactérias fastidiosas crescem a room temperature, meeting em montanha é tudo de bom!

Eu falo do Keystone de Immunidade Inata, que aconteceu agora no inicio de março, no próprio Keystone Resort Colorado. Foi um Joint Meeting de Imunidade Inata (organizado por Gabriel Nuñez and Akiko Iwasaki) em conjunto com Microbiota (organizado por Andrew T. Gewirtz, Fergus Shanahan and Ruth E. Ley). A Junção foi muito feliz porque está cada vez mais claro a relevância da microbiota para ativação do sistema immune inato (eu já coloquei alguns posts anteriores sobre esse assunto aqui no blog).

O Congresso foi muito bom. Um ponto que chamou muito a atenção foi a apresentação de trabalhos que ainda não estavam publicados! Parece non sense e desnecessário elogiar isso, mas a verdade andou meio em moda apresentar dados já publicados... ora, em congressos específicos nem precisaria do palestrante, bastaria projetar o PMID do artigo que quem quiser lê o artigo pelo próprio smart phone...

Bom, vamos aos temas que se destacaram:
Além da importância da microbiota na ativação do sistema imune inato* eu destaco eu destaco 4 temas que estiveram em evidência:

*isso é um pouco bias porque afinal de contas o meeting era conjunto, mas tiveram vários talks da seção de Imunidade Inata enfatizando a importância da microbiota and the other way aroud. Vale ressaltar que teve um workshop da Microbiota ensinando como estudar microbiota que lotou de gente da Imunidade Inata (dava para ver pelos chachas, que tinham cores diferentes).


1) Imunidade inata contra vírus: MAVS bombou!
2) Necroptose e vias relacionadas: Rip3, Rip1, etc.
3) Non-canonical inflammasome: depois do paper do Vishva caspase-11 está na crista da onda (veja post sobre esse artigo aqui).
4) Novos NLRPs:

Curioso que os inflamassomas canônicos (ASC, Caspase-1, etc) continuam no centro das atenções, mas parece que NLRP3 monopolizou um pouco menos. Apareceram palestras com alguns novos NLRs (NLRP6, NLRP12, NLRP10). De qualquer forma, NLRP3 deve continuar em cena por mais um bom tempo, afinal ainda nem chegou-se a um consenso sobre o que ativa essa plataforma: ROS, DNA Mitocondrial, Metabolismo de Glicose?


O consulado brasileiro no Keystone esteve bem representado. Alan Sher fez uma reverência ao Brasil e aos Imunologistas Brasileiros mencionando que finalmente teremos um Keytone no Brazil. Vai ser em Ouro Preto, de 10 a 15 de maio de 2013. “The Innate Immune Response in the Pathogenesis of Infectious Disease”. Prato cheio para os que gostam de discutir ciência em montanha, mas não gostam do gelo, do frio e da neve do midwest americano.

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