No dia 16 de abril de 1996 inicie minhas atividades como professor assistente na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Naquela época os laboratórios em sua grande maioria estavam sucateados e os poucos pesquisadores existentes sonhavam com a criação da “FAPESP do Paraná”. Em 12 de agosto de 1998, o governador do Estado do Paraná Jaime Lerner, decretou a criação da Fundação Araucária (FA) tendo por finalidade o amparo à pesquisa e à formação de recursos humanos necessários ao desenvolvimento científico e tecnológico do Estado do Paraná. Seus recursos financeiros têm origem no Fundo Paraná, que destina 2% da receita tributária do Estado ao desenvolvimento científico e tecnológico. Desse percentual, até 30% são destinados à Fundação.
Segundo dados da Capes/MEC, o Paraná possui 212 programas de pós-graduação entre mestrado e doutorado. Sete em cada dez profissionais com doutorado que trabalham no Paraná obtiveram o título em outros estados. É o que revelou um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) divulgado recentemente. Dos 4.496 doutores contabilizados em 2008, apenas 1.291 defenderam suas teses em instituições paranaenses de ensino superior. A principal origem dos profissionais que vieram de fora é São Paulo.
A deficiência do Paraná na oferta de doutorados está sendo corrigida gradualmente e isso se deve em grande parte ao papel exercido pela FA. De fato, o Estado do Paraná apresentou um crescimento superior à média nacional na criação de cursos de doutorado entre 1999 e 2009 – 204% (de 26 para 79 cursos) contra 78% no Brasil (de 800 para 1.421, veja o quadro abaixo).
Mesmo quando percebemos que mudar é inevitável, as pessoas respondem diferentemente aos desafios. Alguns regridem emocional e profissionalmente e se recusam a tomar parte da ação. Por outro lado, existem aquelas que vão para o outro extremo e mudam com cada mudança do vento que sopra. Estas pessoas viram ótimas opções em situações que eram péssimas em sua maioria e perceberam a importância da mudança para o fortalecimento emocional e crescimento profissional.
Por vários motivos a FA não se tornou a “FAPESP do Paraná”, mas hoje os pesquisadores do Paraná já podem contar com melhores condições de trabalho e equipamentos imprescindíveis para o desenvolvimento de muitas atividades outrora impossíveis de serem realizadas de maneira plena.
Pois é, Phileno! Aparentemente, aos poucos, o nosso Paraná parece se desenvolver cientificamente! Vamos torcer para que esse avanço seja maior e que, um dia, possamos ter nossa "FAPEPR" (FAPESP do Paraná).
ResponderExcluirAbraço,
Amigo leitor, obrigado pelo envio do comentário. Eu estou convicto que o Paraná avança cientificamente, mas sei também que teremos que percorrer um longo caminho até a concretização de uma rede de laboratórios que sustentem a pesquisa e os programas de PG como acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro. A atual gestão da FA tem demonstrado um grande comprometimento com a causa, nunca visto antes.Isso nos dá esperança para tempos melhores em um futuro próximo.Torcemos juntos para a implantação por exemplo, de fluxo contínuo para a submissão de projetos de pesquisas e controle direto dos recursos por parte dos coordenadores dos projetos de pesquisa, entre outras mudanças. Precisamos mudar para crescer ainda mais.
ResponderExcluirabraço
Phileno