Eliakim Araujo
Estudos revelam que camundongos fêmeas identificam seus filhotes utilizando apenas um critério genético: possuírem um MHC similar. Essa descoberta levou à seguinte questão: Será que essas fêmeas escolhem seus parceiros sexuais usando esse critério? A resposta veio logo, mostrando que não. Camundongos preferem parceiros que tenham o H-2 distinto, e isso faz com que uma maior diversidade deste gene favoreça a heterozigose entre a prole (1). Essa descoberta foi tão curiosa que estimulou Garver-Apgar e colaboradores a investigarem se com humanos o mesmo poderia ocorrer, só que a hipótese deles foi um pouco mais ousada: Será que o polimorfismo do gene HLA de casais envolvidos romanticamente poderia predizer aspectos do comportamento sexual dos envolvidos? Isto é, ser ou não ser fiel?
Já era sabido que a maior proporção de alelos de MHC compartilhados entre um casal leva as mulheres, particularmente durante a fase fértil, a rejeitarem mais seus parceiros, diminuindo significativamente a frequência de relações sexuais entre eles. Por outro lado, nessa fase também mostraram ter maior interesse por outros homens (2). Assim, a infidelidade feminina já está cientificamente explicada. Mas calma aí, e a dos homens?
De acordo com estudo publicado no PNAS (2008) (3), a infidelidade masculina depende de ter ou não um determinado polimorfismo no gene do receptor da arginina-vasopressina (AVPR1A). Esse estudo destaca que homens que carecem dessa variante levam mais a sério seu compromisso com suas parceiras. Mais ainda, homens casados que possuem uma ou duas variantes desse gene pulam a cerca com maior frequência.
Fica então a sugestão de não “juntar os trapos” antes de conhecer o mapeamento genético do seu amado...
Post de Nádia Gauna e Beatriz Rossetti Ferreira
Interessante o trabalho! Só discordo um pouco com relação às conclusões. Acredito que tais resultados refletem em tendências no desejo de trair, se podemos dizer assim. Por exemplo, os resultados com MHC indicam que na fase fértil as mulheres mostram ter maior interesse pelos homens. Porém, a ação da traição em si não pode ser explicada somente pela genética, há um fator cultural importante - no caso, a formação ética/moral da pessoa.
ResponderExcluirjá estou até vendo o sujeito sendo pego em flagrante: "não é nada disso que você está pensando, são os meus polimorfismos, juro!"
ResponderExcluirkkk
Que coisa interessante! Eu jamais imaginaria que já estava tão avançado assim1
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