Ontem
terminou aqui o IX Workshop on the Biology of Stress Responses – 150 pessoas,
12 países diferentes, um mix cultural e cientifico que foi da estrutura das chaperonas até a
imunologia.
Escrevi no
último e mais recente SBI na rede sobre a historia controversa deste campo.
Desde que encontraram os tais pufes da Drosophila, até tratar o câncer, esta
área sempre foi um desafio pra publicar. Tudo parecia muito estranho. O calor
ativa genes? As proteínas protegem da morte? Dá pra tratar câncer com isso? Ah
não, agora dá pra tratar autoimunidade com isso também? Por que foi mesmo que
eu me meti nisso?
Vendo os
lideres da área falarem aqui n PUC, lembrei. Lembrei do meu fascínio por estas
proteínas que a gente podia induzir com calor e que protegiam de vários
estresses. De ler pela primeira vez a palavra chaperona e achar muito
engraçado, de ver como várias áreas da biologia eram necessárias para entender
o que estava acontecendo. A conservação evolutiva do sistema, dava pra fazer
filogienia. Ali foi minha escola, pra entender a importância de uma alfa
hélice, de fosforilações em diferentes lugares, de fatores de transcrição sendo
regulados por diferentes proteínas, em diferentes tempos. Quando cheguei na
imunologia, já não achei tão diferente. A Hsp70 estava dentro do MHC classe
III, e a Hsp60 parecia um proteassomo. No problem. Foxos são complicados? Tenta
os HSFs, os fatores de transcrição das Hsps. Aging? Hsp. Morte? Hsp.
Metabolismo? Hsp.
Para os do
Brasil que vieram, acho que foi uma oportunidade única de ver as pessoas que
realizaram os breakthrough discoveries neste campo falar. Harm Kampinga, Lea
Sistonen, Ivor Benjamin, Larry Hightower, Pramod Srivastava, Willem van Eden,
Elizabeth Repasky, Gabriela Santoro, Claudina Pousada Para os brasileiros que vieram de outros estados, meu superobrigada,
por excelente palestras. Aos latinoamericanos que vieram, vamos então fazer
nosso Latin American Chapter of the Cell Stress Society.
E aos
estudantes, gente, que arraso. Os estudantes deram um banho com suas talks de
10 minutos, cheias de entusiasmo e alta qualidade. Posters maravilhosos. Que
orgulho! Todo mundo só falava nisso – querem brasileiros nos seus labs.
Enfim, não
só de estresse viveu o meeting, pois o pessoal caiu no samba nos botecos. Fica
ai essa imagem. Valeu!
Não está aparecendo o filme, que pena!
ResponderExcluirTá rodando se for wi-fi, vale a pena ver!
ResponderExcluirEu adorei o IX Workshop on the Biology of Stress Responses, achei que foi excelente, pudemos conversar com vários pesquisadores, conhecer estudantes, levar nossos trabalhos. Cristina Bonorino está de parabéns por ter se esforçado e ficou fantástico! Obrigada pela oportunidade e estou aguardando próximos eventos!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÉ realmente revigorante quando se vai num evento, como o IX Workshop on the Biology of Stress Responses, e lembra o quão bom e prazeroso é fazer ciência. Ver e ouvir os lideres na área, os quais estavam muito interessados e receptivos com a graduação e com a pós-graduação e promovendo discussões e questionamentos muito relevantes para quem escutava ou estava apresentando.
ResponderExcluirParabéns Cris e a toda a organização do evento pelo alto nível proporcionado durante esses dias.
Se estão querendo os brasileiros nos labs internacionais é porque estamos fazendo ciência de alto nível.
Estamos aqui para isso!
Realmente vai ser um evento lembrado por muito tempo! Nesse Workshop me senti orgulhoso de trabalhar com o diverso e intrigante mundo das HSPs. Tomara que os pesquisadores brasileiros começem a olhar com mais carinho para essas proteínas. Parabéns a todos os envolvidos e ano que vem tem mais em Sheffield, Inglaterra! o/
ResponderExcluirEstamos todos de parabéns, o evento foi demais! Confesso que nem eu acreditava que aprenderia tanto... pesquisadores importantíssimos e extremamente abertos, opinando em nossos trabalhos, tirando nossas dúvidas.. amazing! E que venho o próximo!!
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