Como um linfócito naïve resolve se vai se tornar efetor ou
de memória em resposta à ativação permanece uma questão de grande interesse dos
imunologistas, apesar de estar longe de ser conclusivamente respondida. Ultimamente, no entanto, especial atenção tem
sido dada ao estado metabólico destas subpopulações. Em 2012, um grupo do Trudeau Institute
publicou na Immunity um trabalho onde sugere-se que células T CD8+
de memória possuem mais mitocôndrias e com maior metabolismo oxidativo de
àcidos graxos do que células efetoras (como ilustrado na imagem abaixo, onde as mitocôndrias foram marcadas em verde). Esta diferença, segundo eles, decorre da
exposição à IL-15, que induziria a biogênese mitocondrial e expressão de
enzimas do metabolismo oxidativo nas células que se comprometem com o perfil de
memória, em oposição às células efetoras, que proliferam em resposta à IL-2 sem
sustentar um número alto de mitocôndrias. O grupo discute ainda que esta maior
capacidade respiratória induzida pela IL-15 pode associar-se à longa duração
das células de memória.
Para quem se interessar, segue o link do trabalho.
Bom fim de semana!
Jonatan
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