As nanopartículas são moléculas orgânicas ou inorgânicas que variam de 1 a 100 nm de tamanho e estão sendo cada vez mais estudadas com o fim de carrear fármacos diretamente ao local de interesse, minimizando assim, seus efeitos tóxicos. Um trabalho publicado na edição de junho da Nature Materials ilustra bem os diferentes fins para os quais essas nanopartículas podem ser utilizadas e os autores utilizam diferentes tipos delas para diagnóstico e tratamento de tumor.
Primeiro, eles administram gold nanorods (NR) ao camundongo com o tumor. Estes são nano bastões dourados compostos de sílica circundada por uma fina camada de ouro que absorvem energia eletromagnética próxima à luz infravermelha e a converte em calor. Quando direcionadas para o tumor através de receptores específicos, esses NR aquecem o local, fazendo com que aumente a permeabilidade vascular e assim, outras nanopartículas “efetoras” possam adentrar o tumor mais facilmente. Essas nanopartículas “efetoras” podem ser utilizadas para fins diagnósticos como as chamadas nanoworms (NW), que são nano vermes flexíveis formados por óxido de ferro que amplificam a imagem tumoral detectada por ressonância magnética. Ou a nanopartícula utilizada pode ser com fim terapêutico como lipossomos que carregam a doxorrubicina, tóxica para a célula tumoral que, ao chegar especificamente no local do tumor, será menos tóxica para as células normais.
Os autores elaboram a técnica um pouco mais para amplificar a resposta esperada e garantir que as nanopartículas “efetoras” cheguem especificamente no local do tumor e acabam obtendo resultados bem interessantes tanto na detecção como no tratamento do tumor. Vale à pena conferir...
1. 1. Cooperative nanomaterial system to sensitize, target, and treat tumors.
2. 2. Nanoparticles that communicate in vivo to amplify tumour targeting.
Post de Cássia Alves, Fernanda Rocha, Mariana Benício.
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