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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Bom dia!

Hoje gostaria de abordar um assunto que, na minha opinião, ainda é pouco invetigado: a regulação negativa da resposta imune, tanto por parte do próprio hospedeiro quanto pelo patógeno. Dois artigos recentes na Nature Immunology abordaram o tema. No primeiro deles Siednienko et al. demonstraram que a proteína Pellino3 atua como um fator regulatório na ativação dependente de TLR3. Uma vez estimulado por infecções virais, TLR3 irá disparar a expressão de Pellino3 que por sua vez interage e ubiquitina TRF6 o que impede a ubiquitinação de IRF7, diminuindo a produção de IFN do tipo I. De acordo com os autores as proteínas Pellino são altamente conservadas ao longo da evolução e mutações no gene que codifica a Pellino3 poderiam explicar casos de doenças inflamatórias causadas por IFN. 

No outro artigo, Yan et al. descreveram um novo papel para a proteína efetora Tir (translocated intimin receptor) de E. coli. Anteriormente descrita como uma das proteínas necessárias para a formação dos pedestais durante a infecção por EPEC, Tir parece ter um papel fundamental na regulação negativa das respostas disparadas por TLRs. Os autores mostraram que Tir, através de seus domínios ITIM (immunoreceptor tyrosine-based inhibition motifs) interage com SHP-1 (uma tirosina fosfatase) e isso requer a fosforilação dos motivos ITIM de Tir. Estes eventos iniciais acarretam a interação de SHP-1 com TRAF6, inpedindo a ubiquitinação desta última e inibindo assim a produção de TNF e IL-6.

Como podemos ver, a ubiquitinação de TRAF6 parece ser um alvo importante para a inibição das respostas dependentes de TLRs tanto como um mecanismo de autoregulação por parte do hospedeiro como também uma estratégia para o estabelecimento de um nicho por parte dos patógenos.

Abraços e até a próxima!


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4 comentários:

  1. Leonardo, ótimo tema!
    Sinceramente, é o que mais gosto na imunologia... aprender como os microorganismos 'driblam' a resposta montada contra eles. Sou da opinião que se não entendermos os mecanismos de evasão, nunca chegaremos a tratamentos/vacinas eficazes.
    Abraços,
    Tiago.

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  2. Leornardo, mto bom ler sobre o Pelino aqui no blog.
    Cada vez mais essa família de Ubiquitinases vem ganhando espaço na regulação da resposta imune.
    Você citou o Pelino 3 como regulador de TOLL 3. Aqui vai uma revisao sobre o Pelino 1 como regulador da proliferação de célula T, onde o Peli-1 ubiquitina c-Rel, sendo este, degradado pelo proteassoma e consequentemente, diminuindo a proliferação celular.
    outro dado interessante, é que camundongos KO para o peli-1, desenvolem autoimunidade e possuem uma maior frequência de células T de memória.
    Vale a pena ler
    Abraços
    Revisao: Nature Immunology 12, 927–929 (2011)

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    Respostas
    1. Thiago, vou dar uma olhada nessa revisão! Me interessei em saber como essas proteínas são degradadas.

      Abc

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    2. Thiago, vou dar uma olhada nessa revisão! Me interessei em saber como essas proteínas são degradadas.

      Abc

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