BLOG DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE IMUNOLOGIA
Acompanhe-nos:

Translate

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

intestino, CD8alfaalfa e ontogenia

CD8 é uma glicoproteína expressa em células hematopoiéticas que pode estar presente em duas diferentes configurações, CD8alfabeta e CD8alfaalfa. A primeira atua como co-receptor do TCR e é expressa de maneira constitutiva em linfócitos T restritos por moléculas do MHC de classe I. Já a outra isoforma, CD8alfaalfa, pode ser expressa de maneira transiente ou permanente em diferentes linhagens de linfócitos T independentemente da restrição pelo MHC ou da presença de co-receptores convencionais. Assim sendo, a expressão de CD8alfaalfa já foi descrita em linfócitos T com TCRgamadelta e em linfócitos T com TCRalfabeta, tanto CD4+ quanto CD8alfabeta+. Em camundongos, linfócitos T CD8 alfaalfa são encontrados em grande número no epitélio do trato gastrointestinal, entre os chamados linfócitos intraepiteliais (IEL). Dentre os IEL, especialmente no intestino delgado, a maior parte dos linfócitos T CD8 alfaalfa carregam TCRgamadelta, e uma parte menor o TCRalfabeta. A origem destas células sempre foi um tema controverso entre os imunologistas. Alguns trabalhos relataram que na ausência do timo, precursores encontrados em pequenos agrupamentos de células hematopoiéticas presentes na lâmina própria na região das criptas (um local denominado cryptopatches) poderiam dar origem aos IEL CD8alfaalfa. Essas células, portanto, teriam origem extratímica. Esse conceito foi questionado por outros achados e o modelo mais aceito dava conta de que os IEL CD8alfaalfa carregando TCRalfabeta derivam de uma pequena população de timócitos duplo positivos (CD4+ e CD8alfabeta+) que também expressam a molécula CD8alfaalfa. Essas células passariam pelo rearranjo dos genes que codificam o TCRalfabeta, seriam selecionadas positivamente no córtex do timo e, em seguida, se diferenciariam em células NK1.1- TCRalfabeta+ CD4- CD8- as quais após deixar o timo constituiriam o repertório de IEL CD8alfaalfa com TCRalfabeta. No entanto, um novo artigo publicado na revista Mucosal Immunology pelo grupo liderado por Benedita Rocha reacende o debate. O trabalho identifica uma pequena população de timócitos bastante imatura que após deixar o timo seria a responsável por dar origem aos tais IEL CD8alfaalfa com TCRalfabeta. Na verdade, os precursores imaturos que deixam o timo e colonizam o intestino também foram capazes de dar origem a IEL carregando TCRgamadelta. Importante salientar, portanto, que esses precursores deixam o timo antes mesmo de terem os genes do TCR rearranjados. Logo, os autores argumentam que o desenvolvimento dos IEL CD8alfaalfa ocorre sobretudo no próprio intestino, e isso inclui o rearranjo dos genes que codificam as cadeias do TCR e os eventos que determinam o comprometimento das linhagens TCRalfabeta e TCRgamadelta. Por fim, terminam por concluir que, em face dos achados, o intestino deve mesmo ser considerado um órgão linfóide primário. E você caro blogueiro, concorda com os autores?

Referências:

1. Cheroutre H, Lambolez F. Doubting the TCR coreceptor function of CD8alphaalpha. Immunity. 2008 Feb;28(2):149-59.

2. Peaudecerf L, Ribeiro Dos Santos P, Boudil A, Ezine S, Pardigon N, Rocha B. 
The role of the gut as a primary lymphoid organ: CD8alphaalpha intraepithelial T  lymphocytes in 
euthymic mice derive from very immature CD44(+) thymocyte  precursors. Mucosal Immunol. 2010 Aug 25.

3. Lambolez F, Arcangeli ML, Joret AM, Pasqualetto V, Cordier C, Di Santo JP, Rocha B, Ezine S. 
The thymus exports long-lived fully committed T cell precursors that can colonize primary lymphoid 
organs. Nat Immunol. 2006 Jan;7(1):76-82.

Uma breve análise da pesquisa (e do seu financiamento) no Brasil. E a Imunologia?


A área médica no Brasil já tem o maior número de publicações internacionalmente indexadas há algum tempo. Supera a física, tradicionalmente a nossa área de liderança, e é seguida de várias áreas das ciências biomédicas, com destaque para a biologia molecular e bioquímica.
A figura acima do post mostra uma comparação das diferentes áreas da ciência no Brasil. O gráfico do Scimago utiliza a base da dados Scopus, se baseia nos dados de 2007 e 2008, e mostra que as ciências médicas têm um fator H mais alto que todas as outras áreas, e também que têm maior volume de publicações (indicado pela área do círculo). Com um fator H pouco acima de 80 e com quase 4 citações por documento, aparece a área de Imunologia e Microbiologia. Estas informações não se referem à área de Imunologia médica e alergia. Estas áreas podem ser vistas quando se observam as sub-áreas dentro da Medicina. Neste mesmo período,a imunologia clínica e alergia têm um fator H de quase 40 com 5 citações por documento.
A imunologia brasileira tem uma produção científica acima da coreana ou da indiana (gráfico acima à direita), o que não é pouco. 
Contudo, a nossa imunologia ocupa o 13o lugar mundial. e sua situação é melhor que a microbiologia, por isto quando da análise em conjunto o resultado não aparece tão bom. Veja abaixo a tabela do Scimago. Os dados do Scimago não coincidem, necessariamente, com aqueles encontrados no ISI (a Scopus acompanha um número bastante maior de publicações).

Um dado importante, para o qual precisamos ficar atentos é o financiamento á pesquisa. Os dados do CNPq mostram que após um período de estagnação, os investimentos voltaram a crescer a partir de 2003. À esquerda o gráfico com dados do investimento em bolsas e fomento à pesquisa.

É também válido notar que a partir de 2003, passaram a desempenhar um papel importante duas outras fontes de financiamento na área da saúde. Abaixo vemos os investimentos realizados pela DECIT do Ministério da Saúde (em verde) e pelo CT-Saúde (Fundo Setorial da Saúde - em azul) de 2002 a 2009. 



Conclusão geral. Estamos em evolução, mas precisamos melhorar. Para isto necessitamos de investimentos regulares e menos burocracia. É necessário ficar atento ao próximo governo. Não deixe de ver o documento da Academia Brasileira de Ciências e da SBPC divulgado mais cedo no SBlogI (aqui).

SBPC e Academia Brasileira de Ciências (ABC) apresentam propostas para o próximo governo

Do Jornal da Ciência:

"Documento, divulgado nesta terça-feira (28/9), inclui desafios e ações necessárias em cinco grandes temas, considerados de fundamental relevância para o futuro do país


Com o objetivo de contribuir para a consolidação do Sistema Nacional de CT&I e a ampliação das políticas voltadas à geração de conhecimento, ao seu uso na geração de riqueza, à consolidação da cultura da inovação e à solução dos desequilíbrios sociais e regionais, a SBPC e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgaram documento com propostas aos candidatos à presidência da República.

As entidades apontam desafios e ações necessárias em cinco grandes temas, considerados de fundamental relevância para o futuro do país. São eles: avanço acelerado da ciência brasileira; O Brasil na fronteira da produção de conhecimento; a conservação e o uso sustentável dos biomas nacionais; agregação de valor à produção e à exportação; e a revolução necessária na educação.

"O Brasil pode caminhar mais rapidamente e colher os resultados do uso intensivo das informações produzidas por seu sistema de ciência, tecnologia e inovação. Da mesma forma o sistema educacional brasileiro, desde a escola básica até a universidade, pode ganhar celeridade, qualidade e interlocução internacional. As empresas de todos os portes podem igualmente valer-se de sistemas flexíveis para os seus processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Para que isso ocorra nesses três níveis é necessária uma profunda revisão dos marcos legais que regulam essas atividades", afirma o documento.

As entidades alertam que a agenda de CT&I deve estar vinculada ao "desenvolvimento social, integral, diversificado e abrangente, pressuposto para uma nação forte e soberana"."

A íntegra do documento está disponível no seguinte link:http://www.jornaldaciencia.org.br/links/AgendaCT&I.pdf

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Células T reguladoras: decididas e com personalidade

Células T reguladoras (Treg) são essenciais para a manutenção de um sistema imune equilibrado. A evidência mais convincente da importância das Treg são os pacientes que apresentam mutação do gene Foxp3 e desenvolvem a síndrome fatal IPEX (immune dysregulation, polyendocrinopathy, and enteropathy X-linked). Diversos mecanismos já foram propostos para explicar como as Treg regulam a resposta imune (Vignali et al 2008). A expressão de Foxp3 parece ser fundamental já que a deleção desse gene em Treg maduras gera células capazes de causar inflamação (Williams & Rudensky 2007). Uma das questões no vasto campo das Treg que ainda não está completamente respondida é como as Treg se mantém nos tecidos, e se elas também apresentam plasticidade, a famosa característica das células tronco mas também de várias células T (e assunto de alguns posts aqui no nosso blog - http://blogdasbi.blogspot.com/#uds-search-results).

Para responder à essas perguntas, o grupo de Alexander Rudensky do Memorial Sloan-Kettering Cancer Institute de Nova Iorque usou uma estratégia genética bem legal para estudar o “fate mapping” das células T reguladoras. O fate mapping é uma estratégia já bastante conhecida – consiste em utilizar a recombinase Cre, controlada pelo promotor de interesse, para deletar um “stop cassette” flanqueado da sequência alvo dessa recombinase (loxP). Esse stop cassette impede a transcrição da proteína fluorescente YFP, inserida abaixo do cassete. Como a deleção é permanente, células que em algum momento expressaram o gene cujo promotor controla o Cre passam a expressar permanentemente o YFP, mesmo que a expressão do gene que controla o Cre seja temporária. O grupo de Rudensky gerou camundogos knock-in que expressam o Cre sob o contole duplo do locus do Foxp3 e do domínio regulatório do receptor de estrógeno humano (ERT2). Essa construção, além de garantir que a recombinase seja expressa só em células que estão expressando o Foxp3, ainda condiciona a sua atividade ao tratamento com tamoxifeno, análogo de estrógeno. O tratamento desses camundongos com tamoxifeno leva portanto à expressão de YFP somente nas células que estavam expressando o Foxp3 no momento do tratamento (Figura 1).

Figura 1. Figura suplementar 1 do artigo de Rubtsov e colaboradores ilustrando a estratégia utilizada para avaliar a expressão de Foxp3 por células reguladoras.


Após admistração de tamoxifeno, eles avaliaram a expressão de Foxp3 nas células CD4+ YFP+, ou seja, em bona fide Treg. Em condições fisiológicas, na ausência de estímulo inflamatório, a grande maioria das células manteve-se Foxp3+ (eGFP+) na periferia por até um período de 5 meses após admistração de tamoxifeno, sugerindo que as Treg não se diferenciam em outra subpopulação de células T CD4. Para saber se a manutenção de Treg na periferia dependia do timo, eles fizeram o mesmo experimento em animais timectomizados e observaram a mesma frequência de Treg em animais com e sem timo, mostrando que o pool de Treg na periferia se auto-mantém. Em seguida, os autores avaliaram se o mesmo ocorreria durante uma infecção uma vez que dados de trabalhos anteriores sugeriram que na presença de estímulos inflamatórios gerados após infecção as Treg perdem a expressão de Foxp3 e se diferenciam em células T efetoras (Zhou et al 2009). Entretanto Rubtsov e colaboradores observaram que a infecção com Listeria monocytogenes resultou em aumento significativo de células produtoras de IFN-gama, característico de uma resposta Th1, mas as células YFP+ mantiveram a expressão de eGFP, mostrando que as células que já eram Treg continuaram sendo Treg mesmo em um microambiente inflamatório. A estabilidade das Treg também foi testada durante uma resposta autoimune. Para isso, o grupo de Rudensky usou dois modelos de doença auto-imune, diabetes e artirte. Em ambos os modelos, as Treg transferidas mantiveram o seu fenótipo de célula T reguladora.

Os resultados desse artigo mostram que, diferentemente de outras populações de células T CD4 efetoras, as Treg não são plásticas e mantém seu fenótipo em diferentes microambientes. Esse mecanismo de auto-renovação e manutenção parece ser bastante eficiente, garantindo a presença de treg estáveis durante toda a vida de um indivíduo. Vale a pena ler o artigo que foi publicado na Science na sexta-feira passada (Rubtsov et al, 2010).


Referências:

Vignali DA, Collison LW, Workman CJ. How regulatory T cells work. Nat Rev
Immunol. 2008 Jul;8(7):523-32.

Williams LM, Rudensky AY. Maintenance of the Foxp3-dependent developmental
program in mature regulatory T cells requires continued expression of Foxp3. Nat
Immunol. 2007 Mar;8(3):277-84

Zhou X, Bailey-Bucktrout S, Jeker LT, Bluestone JA. Plasticity of CD4(+)
FoxP3(+) T cells. Curr Opin Immunol. 2009 Jun;21(3):281-5.

Yuri P. Rubtsov, Rachel E. Niec, Steven Josefowicz, Li Li, Jaime Darce, Diane Mathis, Christophe Benoist, and Alexander Y. Rudensky. Stability of the Regulatory T Cell Lineage in Vivo. Science 24 September 2010: 1667-1671.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Enquete sobre dificuldades de importação de material científico no Brasil

O email abaixo veio de Stevens Rehen, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mais um esforço na tentativa de melhorar as dificuldades de importação no nosso país.


Prezados colegas,
Peço seu apoio na divulgação e preenchimento do questionário 2010 sobre dificuldades de importação de material científico no Brasil.

A nova edição da pesquisa complementa avaliações prévias, realizadas em 2004 e 2007, e será divulgada publicamente na expectativa de suscitar reflexão atual a respeito de seu impacto sobre o progresso da ciência brasileira.

Para preencher o questionário por favor clique em: http://bit.ly/cjsZSV

Para conhecer as avaliações anteriores:
(2004)
(2007)

Cordialmente,
Stevens Rehen
Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE)
Instituto de Ciências Biomédicas
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Tel: 55 21 2562 2928 e 2562 2931

domingo, 26 de setembro de 2010

Prêmio Professor Eric Roger Wroclawski - 2010

Oportunidades de financiamento


Oportunidades Vigentes


Prêmio de Inovação Biotecnológica em Saúde Humana no Brasil - 1ª Edição
O 1º Prêmio de Inovação Biotecnológica em Saúde Humana no Brasil é resultado da parceria entre a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) e a Fundação Biominas e tem por objetivo estimular a pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor de biotecnologia em saúde humana no Brasil e incentivar a interação entre os agentes inovadores, tais como pesquisadores, universidades, instituições de pesquisa e empresas, entre outros.
Data Limite: 28 de setembro de 2010.


Edital Fapesb nº 21/2010 - Apoio à Articulação Pesquisa e Extensão
Os recursos financeiros do Edital Fapesb nº 21/2010 destinam-se a apoiar projetos de articulação entre pesquisa e extensão com foco nas tecnologias para o desenvolvimento social. O foco das propostas encaminhadas deve estar, prioritariamente, inserido em uma ou mais das seguintes áreas:
1. Educação; 
2. Saúde; 
3. Geração de trabalho e renda; 
4. Direitos humanos e cidadania; 
5. Cultura e comunicação; 
6. Desenvolvimento urbano; 
7. Meio ambiente.

A articulação entre a pesquisa e a extensão deverá prever: o uso de metodologias participativas de pesquisa; o aprofundamento da relação entre universidade e sociedade pelo favorecimento do diálogo entre os saberes acadêmico e popular; a formação dos estudantes; e a criação (ou o aprimoramento) das tecnologias sociais. O projeto pode ser oriundo de qualquer área de conhecimento, desde que mantenha a articulação disposta acima.

Data Limite: Até as 17h30min do dia 25 de outubro de 2010. Home Page: http://www.fapesb.ba.gov.br/?page_id=3065


Edital nº 12/2010 - Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (Episus) - Turma 2011/2013
O Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (Episus) é um programa do Ministério da Saúde (MS), com dois anos de duração, carga horária de cerca de 3.600 horas presenciais e exige dedicação exclusiva por parte do treinando, não permitindo a realização simultânea de outras atividades de trabalho ou cursos acadêmicos. Aproximadamente 80% do treinamento é composto de atividades práticas desenvolvidas no serviço ou no campo. Para os candidatos selecionados, o local do treinamento será na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde em Brasília-DF.
Serão oferecidas 10 vagas, assim distribuídas: duas vagas para a área de Medicina e oito vagas para as áreas de Biologia, Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição e Odontologia.

Data Limite: 8 de outubro de 2010. Home Page: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/area.cfm?id_area=1500


Bolsa CNPq de Doutorado-Sanduíche Empresarial (SWI)
A bolsa CNPq de Doutorado-Sanduíche Empresarial (SWI) tem como objetivo apoiar aluno formalmente matriculado em curso de doutorado no Brasil, que necessite complementar a sua formação participando de ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação em empresa no País.

Data Limite: A próxima data limite para o ano de 2010 é 30 de setembro.


ESCV Travel Grants 2011
The purpose and aims of the European Society for Clinical Virology (ESCV) is together scientists and clinicians to promote Public Health and advance education, particularly medical education, in Clinical and Basic Virology.

The next ESCV meeting will be in 
London. It will run over three days, from mid day on Thursday 13th January until mid day on Saturday 15th 2011. The meeting will have a strong clinical emphasis and the programme will be attractive to virologists, microbiologists, public health physicians and other infection specialists. The ESCV wishes to offer 10 travel grants to young researchers to enable them to attend this meeting.

Data Limite: The application travel grant should be submitted at the time of abstract submission. The deadline for submission of abstracts is midnight on 8 October 2010Home Page: http://www.escv.org/travel/travelGrants.asp


Tri-institutional MD-PhD Program - Medical School
The Tri-institutional MD-PhD Program is training physician-scientists who will become the next generation of leaders in biomedical research. Weill Medical College of Cornell University, The Rockefeller University, and the Sloan-Kettering Institute combine to form one of the few inter-institutional collaborations dedicated to joint MD and PhD training.

 
Data Limite: 2011 MD-PhD applications are due by October 15, 2010Home Page: http://www.med.cornell.edu/mdphd/programs/index.html

Ernst Schering Foundation Doctoral Fellowships
The goal of the Ernst Schering Foundation, founded by Schering AG in 2002, is to promote projects, people, or institutions, both in science and culture, which are distinguished by excellence and innovation. The foundation has three main areas of interest: to promote innovation and excellence; to cross boundaries and take risks; and to promote talented young artists and scientists.

It awards a total of approximately seven doctoral fellowships per year to exceptional doctoral candidates who want to carry out research projects at renowned institutes worldwide. 
The dissertation work will focus on topics in basic research in biology, medicine or organic chemistry (or any overlapping or neighboring disciplines such as biophysics and bioinformatics).

Data Limite
Application deadlines are April 30 and October 31 of the current year (postmarked date). Fellowship decisions are made in September for the April deadline and in April for the October deadline. 

Travel Fellowships to Attend the BioVision 2011 - The World Life Sciences Forum
BioVision is a three-day international forum, held in LyonFrance, every two years. It is the place where: (i) Scientists at the forefront in their research area in different life sciences disciplines outline their views on forthcoming developments; (ii) All stakeholders (industry, the political sphere and civil society) discuss the impacts of these discoveries on Society; (iii) Key leaders share insights and confront their views on major contemporary global issues in health, nutrition and the environment. The BioVision.Nxt 2011 will be held in LyonFranceMarch 27-29, 2011. Support for travel costs is available now, through TWAS and its five regional offices. Please refer to TWAS Regional Office for Latin America and the Caribbean (Rolac) for further information.

Data Limite: All applications should be submitted until September 30th 2010Home Page http://www.biovision.org/bv2011/apply-for-biovision-nxt-2011.html

Elaborado por
Fundação Oswaldo Cruz
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Vice-diretoria de Pesquisas e Desenvolvimento Tecnológico

sábado, 25 de setembro de 2010

Dever de casa

Uberlândia - Atualmente é possível encontrar diversos vídeos na internet com explicações simplificadas sobre o sistema imunológico. Aparentemente, tais vídeos são gerados para avaliações de algumas disciplinas (principalmente ensino médio). Apesar de algumas falhas conceituais, vejo com entusiasmo o ensino de alguns conceitos da Imunologia a adolescentes.

Fica aqui uma questão: os brasileiros que cursam o ensino médio também recebem estas informações?

Confiram alguns dos vídeos:





quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lançado novo "SBI na Rede"

Veja o novo número do SBI na Rede (aqui).


Tópicos:
SENTINDO O PROCESSO INFLAMATÓRIO;


Congresso Brasileiro de Imunologia 2010;


Edital para o Programa de Auxílio a Eventos da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) - 2010;


Oportunidades.



Como escolher uma boa pergunta científica

Post por Prof. Marcelo J.B. Silva
Imunologia/UFU

Muitos já disseram
que só se tem uma boa resposta quando essa advêm de uma excelente pergunta. E em muitas ocasiões, a pesquisa de uma vida é baseada em uma pergunta. Assustador não? Então, como fazer essa pergunta?

Para facilitar, a escolha
da pergunta pode ser baseada em dois eixos principais: o primeiro é a praticabilidade ou seja se responder essa pergunta é aplicável ou não. Esse eixo está relacionado com o seu conhecimento e habilidade como orientador, o interesse dos seus alunos e no aparato técnico disponível no seu laboratório. Se você não tem habilidade ou não tem equipamentos para responder a pergunta é óbvio que essa não seria a pergunta do momento.

É comum já imaginarmos como vai ser o layout do paper nos momentos iniciais da execução do projeto. No entanto, em muitas ocasiões, na imaginação é fácil mas na prática... Imagine uma pergunta que você nem consegue imaginar como vai ser a publicação desses resultados. Complica mais ainda. Portanto, uma pergunta bem feita, geralmente, nos dá margem para imaginar como serão as futuras publicações advindas dos resultados do projeto.

O segundo eixo é o do interesse. Quanto que esse projeto que será escrito baseado na sua pergunta vai acrescentar para o conhecimento científico? Muitos projetos científicos hoje são aplicáveis e de fácil execução mas não são interessantes. Outros são ainda piores, difíceis e desinteressantes. Uma boa pergunta leva a criação de projetos simples e interessantes que realmente contribuam para o conhecimento em uma determinada área.

Um outro problema é quando nos apegamos sentimentalmente com o problema. A pergunta não é boa, o projeto não é aplicável e ainda assim continuamos ENCANADOS com isso. SAIA DESSA. Não coloque sentimentos nessa situação. Para selecionar uma boa pergunta científica entre muitas que você tem, eu tenho uma sugestão. Primeiro: defina bem as perguntas e escreva todas. Segundo: faça os seguintes questionamentos: 1. O problema é interessante? 2. Os resultados irão trazer novos conhecimentos? 3. O projeto é aplicável baseado no meu conhecimento e nas condições técnicas do meu laboratório? Escolha aquela pergunta que receber um SIM para todos os questionamentos acima.

Uma outra questão que muitos pós-graduandos cometem o erro de escolher um problema precocemente. Evite escolher aquele primeiro problema que vem na sua cabeça como o principal para sua tese de doutorado ou projeto. Já que um projeto típico leva-se meses a anos para ser finalizado, escolher rapidamente um tema ou pergunta pode gerar imprevistos e frustrações durante a execução do projeto. É importante ter em mente que escolher uma boa pergunta leva tempo. Uri Alon do Instituto de Ciência de Weizmann escreveu que seus alunos de pós-doutorado só investem em um problema após três meses de muito pensar sobre ele. É importante lembrarmos que uma boa questão científica não surge do nada mas sim de muito tempo de estudo e depois da formulação de perguntas incoerentes.

Concluindo, defina sua pergunta baseada na praticabilidade e interesse. Além disso, se dê o tempo para escolher a melhor pergunta entre todas aquelas que perfazem a sua mente.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tá na rede: Zebrafish Como Modelo de Estudo da Imunidade Inata e Adaptativa.


Seguindo no tema levantado na sexta-feira de imunologia evolutiva, a relevância e o poder de estudos em peixes teleósteos, mais especificamente, no pequeno paulistinha/zebrafish (Danio rerio) é cada vez maior. Sua alta progênie (em torno de 100-200 ovos por fêmea grávida, por semana), faz destes animais poderosas ferramentas para estudos genéticos, e sua susceptibilidade ao tratamento administrado na água dos tangues de criação torna esses animais um ótimo modelo para estudos de toxicidade e screening de novas drogas e compostos. Tão valiosas quanto estas características são o desenvolvimento embrionário extra-uterino e a transparência do animal, que permitem observar desde muito cedo no seu desenvolvimento o aparecimento e migração de tipos celulares específicos através da marcação genética/fluorescente destas células, seguida de observação em tempo real.

No entanto, o zebrafish não era visto como um bom modelo para estudos imunológicos devido a falta de conhecimento e ferramentas para esses tipos de estudos. A disponibilidade de anticorpos para antígenos de peixe é extremamente limitada, e até pouco tempo se sabia muito pouco sobre a correlação entre as células imunes de teleósteos e as de mamíferos. Na última década muito avanço foi feito nessa área, e o peixe ósseo se torna cada vez mais um modelo atraente, uma vez que são os organismos mais primitivos providos de células T e células B, dando uma visão das características básicas necessárias para o desenvolvimento da resposta imune adaptativa, e da comunicação destas células com células da imunidade inata. Sem falar na facilidade de desenvolver estudos genéticos, quando comparado ao modelo padrão, os camundongos.

Em conjunto com o artigo de Zhang e colaboradores (2010) já discutido na última sexta-feira, vale ressaltar mais dois artigos recentes, ambos provenientes do grupo do Dr. David Traver, da University of California, San Diego, que vêm expandir nosso conhecimento sobre a imunologia no peixe, sua correlação e similaridades com o sistema mamífero.

No primeiro artigo, publicado em agosto desse ano na revista Blood (10.1182/blood-2010-03-267419), Balla e colaboradores descrevem morfológica e funcionalmente a população de eosinófilos em zebrafish. Eles mostram que o desenvolvimento de eosinófilos no peixe é similar ao descrito em mamíferos, e precursores com as mesmas características morfológicas podem ser isolados. Células imaturas estão presentes no sítio hematopoético do peixe adulto, o parênquima renal, e células mais maduras podem ser encontradas na cavidade peritoneal destes animais. Apesar de algumas proteínas características de mamíferos, como a peroxidase eosinofílica e a proteína básica principal, não serem encontradas em eosinófilos de zebrafish, os eosinófilos (gata2-hi, CCR9+) de peixe respondem com degranulação a antígenos provenientes de helmintos quando estimulados in vitro, e infecção por este patógeno leva a hipereosinofilia in vivo, assim como descrito inicialmente em modelos mamíferos. Estes resultados demonstram que não só o desenvolvimento, mas também funções características de eosinófilos são conservadas evolutivamente de teleósteos a humanos.

No segundo artigo, Lugo-Villarino e colaboradores, trabalho que conta com a participação da Miriam Werneck (INCa, FIOCRUZ), identificam e caracterizam células dendríticas em Danio rerio. Apesar de alguns indícios em outros teleósteos sugerirem a existência de células dendríticas tão cedo na escala evolutiva, estas células ainda não haviam sido isoladas ou testadas seletivamente. Neste artigo publicado em Setembro no PNAS (10.1073/pnas.1000494107), os autores isolam células que possuem as características morfológicas e de microestrutura semelhantes a células dendríticas de mamíferos se aproveitando de sua capacidade fagocítica e da composição glicoprotéica de sua superfície. Através do sorteamento e ensaios in vitro, é demonstrado que a população de células apresentadora de antígenos enriquecida desta forma é capaz de estimular uma resposta proliferativa de células T antígeno-específica, células estas que expressam proteínas características de APCs como MHC de classe II e IL-12 p40. A identificação de células dendríticas neste modelo determina que estas células estão presentes por tanto tempo quanto os linfócitos T e B, reiterando seu papel como conector entre as respostas inata e adaptativa.

Vale, então, ficar de olho nos desenvolvimentos desta área que está cada vez mais ativa e crescendo dentro da imunologia mundial. O paulistinha/zebrafish é um novo modelo que traz características únicas e complementares ao modelo murino. A facilidade de desenvolver e analisar screenings genéticos usando mutagênese induzida, ou de rastrear a migração de células após insulto antigênico em tempo real são pontos fortes que serão cada vez mais explorados nos próximos anos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Toll 2011

Já estão abertas as inscrições para o Toll2011: Decoding Innate Immunity, um encontro que dá continuidade ao Toll2004 - Taormina, Itália, ao Toll2006 - Salvador, Brasil e ao Toll2008 - Lisboa, Portugal. O Toll2011 será realizado em de 4-7 de Maio no Riva del Garda, uma pequena cidade junto ao Lago di Garda na região norte da Itália próximo a Verona. As conferências terão como foco o papel dos Receptores de Reconhecimento de Padrões na imunidade inata, defesa contra infecções e em patologias inflamatórias. Aqui alguns dos palestrantes: A. Aderem, H. Agaisse, S. Agrawal, S. Akira, V. Ambros, G. Barton, J. Bell, J. Bertin, B. Beutler, M. Biffen, J.M. Blander, G. Brown, C. Bryant, M. Cassatella, S. Cherry, A. Coyle, G. Dimopoulos, V. Dixit, T. Espevik, R. Finberg, K. Fitzgerald, R. Flavell, R. Hershberg, J. Hoffmann, R. Gazzinelli, D. Golenbock, D. Green, F. Gusovsky, K. Hoebe, L. Hooper, V. Hornung, R. Ingalls, J. Kagan, C. Karp, E. Kurt-Jones, N. LaMonica, E. Latz, J-O. Lee, B. Lemaitre, O. Levy, E. Lien, D. Littman, A. Mantovani, A. Marshak-Rothstein, R. Medzhitov, D. Monack, G. Nunez, L. O’Neill, H. Ploegh, D. Portnoy, B. Pulendran, R. Rappuoli, J-M. Reichhart, D. Schneider, N. Silverman, A. Sher, L. Stuart, J. Ting, C. Reis e Sousa, J. Tschopp, R. Vance, A. Visintin, S. Vogel, J. Weiss.
Kate Fitzgerald, Neal Silverman, Egil Lien and Douglas Golenbock (Conference Organizers)
Marco Cassatella and Alberto Visintin (Local Organizing Committee)
Robert Finberg, Eveyln Kurt-Jones and Ofer Levy (Organizing committee)
Os detalhes estão no website: www.toll2011.org.
Eu tive a oportunidade de ir no de 2006 em Salvador e no de 2008 em Lisboa. Por serem encontros com um número limitado de pessoas é possível conversar com mais calma, trocar idéias, estabelecer colaborações, rever amigos e conhecer novas figuras. Com o florescimento da área de imunidade inata estes meetings tem se tornado cada vez mais concorridos e vale a pena fazer a inscrição o quanto antes.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Gama-delta ou alfa-beta?


Existem fundamentalmente duas linhagem de células T que são geradas no timo e são unicamente definidas pela expressão de diferentes receptores de células T (TCR). Estas linhagens surgem de um precursor comum, e cada uma das populações expressa receptores denominados alfa-beta ou gama-delta. Inicialmente, as células gama-delta, como as alfa-beta, não expressam os co-receptores CD4 ou CD8, e portanto são denominadas timócitos duplo-negativas. Estas linhagens sofrem alterações durante o processo de desenvolvimento, e a passagem destas células de um estágio para outro de diferenciação é definida pela expressão de marcadores de superfície. Mais adiante no processo de desenvolvimento, estas células podem sofrer apoptose, e as células T alfa-beta que sobrevivem se tornam duplo-positivas (CD4+CD8+), perfazendo a maioria dos timócitos. Seu TCR sofre rearranjo gênico, e subseqüentemente a interação deste TCR com o MHC, expresso por células apresentadoras de antígenos no estroma tímico, medeia a seleção que determinará a maturação destes timócitos em células T CD4+ ou células T CD8+. No entanto, a maioria das células T gama-delta permanecem duplo-negativas. Uma outra diferença importante entre estas linhagens é que as células T gama-delta são predominantemente encontradas no epitélio e nos tecidos linfóides associados as mucosas, enquanto as células T alfa-beta estão melhores representadas nos linfonodos e no timo.

Até muito pouco tempo não se tinha conhecimento de quando, no processo de desenvolvimento, as células T alfa-beta e gama-delta se divergiam ou quais seriam os sinais que favoreceriam o desenvolvimento de uma ou outra linhagem. Em 2005, no entanto, dois grupos de pesquisadores, Haks e cols. e Hayes e cols., simultaneamente, descreveram que a intensidade de sinalização através do TCR é o que determina o destino das células T em expressar os heterodímeros gama-delta ou alfa-beta. E foi somente em 2006 que Ciofani e cols. delinearam a fase do desenvolvimento em que as células T expressando os receptores alfa-beta ou gama-delta se divergem. No mesmo ano, Prinz e cols., corroboraram esta hipótese, usando um camundongo transgênico no qual a expressão de GFP está sob o controle do lócus da cadeia gama do TCR. Dois anos mais tarde, Kreslavsky e cols. demonstraram, rastreando o desenvolvimento de um único precursor de célula T, que as células T não apresentam nenhum comprometimento com a linhagem alfa-beta ou gama-delta antes da própria expressão do TCR, e confirmaram que a modulação da sinalização pelo TCR em uma progênie de uma célula expressando um TCR único pode mudar o comprometimento desta linhagem. No entanto, existem algumas teorias e evidências experimentais controversas a exposta acima, sendo que uma delas propõe que as células gama-delta apresentam sim um regulador linhagem-específico. Juntamente com a identificação de SOX13 (SRY-related high mobility group box transcription factor 13) ressurgiu então o modelo do pré-cometimento. Assim, camundongos deficientes em SOX13 tem o desenvolvimento de células gama-delta comprometido, ao passo que a sua super-expressão leva, por outro lado, ao comprometimento da transição de células alfa-beta duplo-negativas a duplo-positivas. Além disto, em uma fase específica do desenvolvimento dos linfócitos (não vou entrar em detalhes, pois acho que já está muito complexo para uma segunda-feira), as células que expressam níveis mais baixos ou mais altos de receptores para IL-7 estão mais propensas a darem origem, respectivamente, a células alfa-beta ou gama-delta. As células expressando níveis mais altos de IL-7R são aquelas que também expressam SOX13, aumentando assim a evidência de que existem fatores que agem em timócitos influenciando o seu comprometimento com uma linhagem ou outra mesmo antes da expressão do TCR.

Apesar da sinalização mediada pelo TCR ser provavelmente o principal determinante para o desenvolvimento das linhagens de células T alfa-beta e gama-delta, precisamos levar em consideração que este desenvolvimento ocorre num microambiente complexo e que muito provavelmente influencia neste processo. Assim, Notch, linfotoxinas e sinais mediados por agonistas do TCR tem sido considerados como fatores potencialmente influentes no destino das diferentes linhagens de células T.

Outra característica recentemente descrita sobre as células T gama-delta se deve ao fato desta linhagem também ser capaz de dar origem a pelo menos duas subpopulações funcionalmente distintas. Elas podem ser classificadas em células produtoras de IFN-gama ou IL-17, sendo este destino traçado ainda no timo e possuindo como marcador a expressão de CD27. A presença de CD27 se co-relaciona com a expressão de Tbet, e a sua ausência com a expressão de RORgt. Contudo, as funções efetoras das células T gama-delta não são só influenciadas pelos fatores descritos acima, mas também reguladas pelas interações do TCR com diferentes ligantes e agonistas encontrados no timo.

Para os que leram até o fim e ainda estiverem interessados, abaixo seguem algumas referências relevantes. Abraços e boa semana!

  • Ciofani, M. et al. 2010. Determining gammadelta versus alphabeta T cell development. Nat Rev Immunol. 10(9):657-63.

  • Haks, M.C. et al. 2005. Attenuation of gammadeltaTCR signaling efficiently diverts thymocytes to the alphabeta lineage. Immunity. 22:595–606.
  • Hayes, S.M. et al. 2005. TCR signal strength influences alphabeta/gammadelta lineage fate. Immunity. 22:583–593.
  • Prinz, I. et al. 2006. Visualization of the earliest steps of gama-delta T cell development in the adult thymus. Nature Immunol. 7, 995–1003.
  • Ciofani, M. et al. 2006. Stage-specific and differential notch dependency at the alpha-beta and gamma-delta T lineage bifurcation. Immunity 25, 105–116.
  • Kreslavsky, T. et al. 2008. T cell receptor-instructed alpha-beta versus gamma-delta lineage commitment revealed by single-cell analysis. J. Exp. Med. 205, 1173–1186.
  • Melichar, H. J. et al. 2007. Regulation of gamma-delta versus alpha-beta T lymphocyte differentiation by the transcription factor SOX13. Science 315, 230–233
  • Ribot, J. C. et al. 2009. CD27 is a thymic determinant of the balance between interferon-gamma- and interleukin 17- producing gamma-delta T cell subsets. Nature Immunol. 10, 427–436.
©SBI Sociedade Brasileira de Imunologia. Desenvolvido por: