O Jornal da TV Cultura está
promovendo esta semana uma série de reportagens especiais sobre os 100 anos da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).
A primeira reportagem foi ao ar nesta
segunda-feira, dia 11/06/2012, e abordou de forma bastante interessante o
contexto histórico e as condições sob as quais a faculdade foi fundada e se
desenvolveu. Além disso, o telejornal entrevistou e convidou para discussão o
atual vice-diretor da FM-USP, José Otávio Costa Auler Júnior, que destacou a
importância que o empenho dos fundadores e os acordos estabelecidos com a
Fundação Rockefeller tiveram para impulsionar o crescimento da FM-USP e torná-la
a grande referência que é atualmente. A discussão trouxe à tona ainda alguns
problemas, como a expansão do ensino superior no Brasil, por exemplo.
O ano de 2012 marca também os 60 anos
da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). O empenho e a determinação
de uma geração de pesquisadores pioneiros alavancaram e transformaram um
projeto de lei em uma empreitada bem sucedida. Em seu belo texto, que apresenta nossa faculdade e a
contextualiza historicamente, a Profª.Drª. Maria Augusta de Sant'Ana Moraes
destaca os propósitos inovadores (ensino, pesquisa e prestação de serviços),
além de um olhar voltado para as expectativas da indústria para com a
faculdade, sob os quais a FMRP-USP foi fundada e que a norteiam até hoje. À época, esses requisitos atendiam também aos
padrões exigidos pela Fundação Rockefeller. Vale destacar que além de implantar
a FMRP-USP, o Prof. Dr. Zeferino Vaz, seu primeiro diretor, ainda ajudou a
fundar a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A FMRP-USP, com seus
alunos, docentes, hospitais, certamente contribuiu para moldar a Ribeirão Preto
que 60 anos depois da implantação da Faculdade é uma cidade transformada.
Analisando as histórias destas
faculdades, fica claro que o sucesso do ensino e da pesquisa e a tradução
desses em melhoria da saúde pública estão essencialmente sob nossa
responsabilidade. Atuando na academia ou junto a órgãos políticos,
administrativos ou agências de fomento, determinaremos com nosso ânimo,
dedicação e ousadia a continuidade e fundação de instituições das quais
possamos nos orgulhar. Assim, cabe aqui perguntar: em que patamar gostaríamos
de encontrar o ensino, a pesquisa e o sistema de saúde no Brasil em 2112? Que
tal começar hoje, corrigindo o que nos parece imperfeito e traçando como será o
futuro?
Notas:
1. A reportagem sobre a FM-USP pode
ser assistida na página do Jornal da Cultura (segundo bloco da edição de
11/06/12). Creio que as reportagens que estão por vir serão igualmente
interessantes.
Post de Rodrigo F Rodrigues.
Pós-doutorando FMRP/Iba - USP
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