Não basta apenas fazer bons experimentos e publicar
artigos de relevância. Mais cedo ou mais tarde, chegará o momento em que o
jovem cientista, em início da sua trajetória como pesquisador independente,
terá que entrar na corrida para aprovar o seu primeiro grant. E esta fase não é
fácil, sobretudo considerando as crescentes dificuldades na obtenção de
financiamentos em virtude do aumento do número de propostas e do orçamento
limitado das agências de fomento.
Há algum tempo atrás, a Nature publicou um número
sobre o doloroso processo de obtenção de financiamento e continuar a fazer
ciência de ponta (ver aqui). Esse tema
com certeza continua em pauta tanto no Brasil quanto nos países da Europa e nos
EUA. Um dos trechos do texto, retrata
bem os conflitos e desafios deste processo competitivo:
"There is no doubt that
competition can breed excellence, and that agencies should be rigorously
selective in their research portfolios. But beyond a certain point, the
hyper-competition for grants, publication and tenure hurts everyone — the
individuals involved, the country and science itself. The process ceases to
select for only the very best young scientists, and instead starts to drive
many of the smartest students out of research entirely. They realize that the risks
outweigh the benefits in science and choose alternative careers. Witness the
steady migration of top undergraduates to business and other professions in the
past decade, and the drop in the number of doctorates in science and
engineering earned by US students since it peaked in the mid-1990s. Those
dedicated individuals who do stay in science find that they have less time to
do the research they were trained for: a 2007 study by the Federal
Demonstration Partnership in Washington DC found that investigators typically
spend some 40% of their working week on grant submittals and other
administrative dutie."
É isso, a ciência depende de financiamento, e a obtenção
deste financiamento requer, entre outros, saber escrever boas propostas de
pesquisa.
Dentro deste contexto, a Nature Immunology deste mês (ver aqui) traz um texto
interessante na seção de comentários, com links e dicas úteis para quem está
começando a trilhar pelos caminhos desafiadores da escrita dos primeiros
grants.
Aproveitem!
Cambronero et al. Writing a first grant proposal 2012.
Nature Immunology, 13 (2): 105-108
QUerida Kelly,
ResponderExcluirParabéns pelo excelente post. Gostei muito.
Sucesso ai.
Obrigada Bernardo!!!! Abração pra vc!
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