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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Descobertas

Post por Diego Mourão-Sá
Bolsista de pós-doutorado

Moonrise over the Parthenon, the Acropolis, Athens, Greece (sacredsites.com)


Seguindo a linha de pensamento do Dr. Lira, eu também tenho fascinação por descobertas. Não falo de descobertas biológicas mas por descobertas em geral. Sou um post-doc novo em NY city e venho tentando descobrir aos poucos a cidade. 


Um dia desses recebi amigos cientistas (Sérgio Lira, Gláucia Furtado, Juan Lafaille, Daniel Mucida, Bernardo Reis) pra jantar na minha casa. Conversando sobre os museus, disse que era fascinado pelo British Museum e pelo Parthenon (do acervo permanente do museu) e de como foi parar lá. Como morador de Londres e vizinho do British Museum eu fiz diversas visitas ao museu. O Museu servia pra mim como um oásis no meio da cidade, lá eu podia encontrar banheiro público, água, boa comida, café, refúgio dos dias de chuva, além de apreciar a arquitetura do lugar e as diversas peças da coleção. Dentre as diversas obras à mostra, as diversas peças do Parthenon me chama muito atenção. 


Bom, o Parthenon é um templo grego dedicado a deusa Athena (deusa da sabedoria, civilização, inspiração, matemática e outras habilidade). Sua construção foi concluída em 432 A.C! O Parthenon passou por diversas fases de destruição, foi transformado em mesquita durante o controle Otomano na região sofreu uma explosão durante uma invasão veneziana pois tinha um depósito de pólvora dentro dele. O Parthenon foi “redescoberto” em 1806 por um escocês durante uma expedição ao local. Esse escocês (Thomas Bruce) contratou diversos especialistas, escavou a região, chantegeou a administração Turca do local e levou diversas peças do Parthenon, que em seguida foram vendidas pro British Museum. 


Minha fascinação sobre o assunto vem do fato de uma obra artística (e da história da humanidade!) admirável ficou mais de 2 mil anos largada e destruída até alguém ter a sensibilidade de reconhecer aquilo como uma peça importante (e valiosa) e dedicar tempo e dinheiro pra estudar e apreciar a obra. 


Essa apreciação de algo que foi “esquecido” por 2 mil anos, para mim, tem diversas relações com a nossa pesquisa científica. Esse assunto já foi abordado anteriormente pelo nosso amigo Gabriel Victora (vejam o post dele aqui no blog de 20 de Junho de 2011: “Moonwalking Bear”). Diversas vezes me pego pensando se estou esquecendo de algo, pisando em algo sem perceber se aquilo é algo fascinante ou somente lixo. Espero em breve deixar de ser o turco otomano que cuidava de Athenas e me transformar em Thomas Bruce...

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Um comentário:

  1. Hehe, não é só você que sonha com essa transformação. O jeito é desejar "Boa Sorte" a todos que estão neste caminho... E vamos que vamos...

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