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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"Agonizar" ou "Antagonizar": eis a questão!


 Figura que encontrei com a seguinte busca no Google: agonista/antagonista.
Trata-se de uma técnica de musculação para definição muscular pré-competição.
Será que é isso (deformação) que queremos do sistema imune? 
Sui generis, não?

Colegas,

hoje vou me apropriar de posts já publicados no SBlogI, para colher a opinião da comunidade sobre assuntos que venho trabalhando.

A idéia aqui teve origem em um post do André Báfica (Perguntas de biruta - AQUI), publicado no blog no ano passado, e passa pelo post do Sérgio Lira sobre crowdsourcing (AQUI), deste ano. Além disso, vou pegar um gancho nas idéias dispostas nos posts recentes do Roque/Priscila/Fabricia/Micheli (AQUI) e João/Luiz Gustavo (AQUI).

 Extraído de Gartic.com.br

A questão é a seguinte: o uso de agonistas de PRRs como adjuvantes tem ganhado importância crescente na literatura. Vários estudos publicados mostram que essa é uma estratégia interessante a ser utilizada em protocolos vacinais, uma vez que modulam a imunidade do hospedeiro de forma conhecida (ou, pelo menos, que julgamos desta forma). O princípio é bem simples: ativar a resposta imune do indivíduo de uma forma que o antígeno de interesse seja 'visualizado' da forma mais agressiva possível. Se transportarmos isso para os protocolos de adjuvância classicamente utilizados - Adjuvante de Freund, Alumen e afins - nada muda... o princípio de agressão ao sistema imune é o mesmo. Contudo, alguns trabalhos tem nos mostrado que inflamar não é tudo - o que importa é como e quando inflamar! Dentre vários, cito trabalhos recentes dos grupos de uma famosa dupla mineira - Mauro Teixeira sobre receptores de PAF e Dengue (AQUI); e Ricardo Gazzinelli com TLR8/TLR9 e Malária (AQUI) - ambos publicados no PNAS e, se não me engano, já comentados no SBlogI.


A Tocha Humana - Fonte: Marvel Comics

Bom, com base no disposto acima, deixo os seguintes questionamentos aos colegas em relação a utilização de agonistas conhecidos de PRRs com adjuvantes em preparados vacinais:

- Será que agonizar os PRRs já ativados pelos patógenos com os adjuvantes não é 'deformar' a resposta imune?

- Será que agonizar os PRRs não ativados pelos patógenos, com a intenção de induzir proteção, não é gerar um potencial quadro de imunopatologia?

- Será que a utilização de antagonistas de vias moduladas negativamente pelos patógenos teria efeito prático de proteção?

- Será que a utilização de bloqueadores das vias indutoras de imunopatologias como adjuvantes 'corrigiria' os rumos da inflamação decorrente das infecções?

Com a palavra, vocês...


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4 comentários:

  1. As questões são subjetivas pois dependem do agente estudado... Não há respostas genéricas

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  2. Achei seus pontos interessantes, e seria legal ver na prática tudo isso. Mas o meu medo é esse mundo do liga/desliga receptor... será que veriamos muitos efeitos colaterais a longo prazo?

    Bem legal o post!

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  3. Acredito que seja o caso de pagar para ver (modelos animais), com certeza não é primeira vez que se fará isso... o estudo isolado de cada via é fantástico, mas o incrível é que in vivo estas vias são intimamente relacionadas, de tal forma que você interfere em uma e afeta outras tantas... por exemplo, duas aves e o mesmo parasito, galinhas são altamente resistentes ao Toxoplasma, por que? Codornas são altamente sensíveis, por que? Na minha opinião dá para aprender com esses sistemas, quem sabe desvendando e interferindo com as vias inatas...concordo com o que Anônimo disse...depende do agente...Abs

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  4. esse é o nosso desafio...encontrar o equilíbrio a curto e longo prazo para cada patógeno. Que venham os experimentos e a boa interpretação dos mesmos!!!

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