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terça-feira, 27 de julho de 2010

To be or not to be: como as células do sistema imune "escolhem" o seu destino?

Todos os dias as células do sistema immune se deparam com diferentes estímulos, se encontram em diferentes microambientes e precisam “tomar decisões”que irão afetar o seu desenvolvimento e o curso da resposta imune. A edição de agosto da revista Nature Immunology traz uma série de revisões sobre como as células do sistema imune “tomam decisões” e “escolhem o seu destino final”.

Já no timo, durante o desenvolvimento dos linfócitos T, o que faz a célula T decidir pelo TCRαβ ou γδ? E depois de experimentar tanto o CD4 como CD8, como decidir se ela “quer” ser do time do CD4 ou do time do CD8? É sobre esse assunto que trata a revisão de Carpenter and Bosselut. Eles discutem como os precursores de células T integram os sinais recebidos pelo microambiente no timo e ativam diferentes programas transcricionais que irão afetar o seu destino.

Puledran e colaboradores discutem o papel do sistema immune inato na qualidade da resposta adaptativa. Esta revisão foca na importância das células dendríticas no processo de escolha do tipo de resposta T e propõe um modelo hierárquico de organização da resposta, onde células dendríticas, receptores inatos, e interações com outras células e microambientes locais ocupam diferentes níveis hierárquicos.

Swamy e colaboradores desafiam a visão de que as células epiteliais contribuem apenas como barreira física e química e destacam o papel dessas células na comunicação direta com as células do sistema immune, e como essa conversa afeta a regulação da resposta.

Stockinger e Murphy discutem sobre a flexibilidade e estabilidade das diferentes subpopulações de células T. Os autores propõem um modelo sequencial que depende de quarto elementos reguladores que irão influenciar a flexibilidade e estabilidade dos diferentes subtipos de células T: condições do microambiente, circuito transcricional, clonalidade e estado da cromatina.

Não é somente as células T que precisam “tomar decisões” durante a resposta imune, as células B também enfrentam vários dilemas. Goodnow e colaboradores discutem como os linfócitos B decidem se diferenciar em plasmócitos ou células de memória, e como ocorre o processo de seleção positiva e negativa da afinidade do receptor de célula B frente a antígenos exógenos ou endógenos no centro germinativo.

Vale a pena conferir e boa leitura!
http://www.nature.com/ni/focus/decisionmaking/index.html

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