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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Infecção por Leishmania em camundongos humanizados: Modelo para testar novas drogas leishmanicidas

É bem reconhecida a importância de camundongos como modelos de resistência e susceptibilidade à infecção por Leishmania e alguns  conhecimentos gerados nestes modelos foram transpostos para entendimento da leishmaniose humana. Todavia sabemos das limitações desses modelos experimentais para estudos sobre mecanismos de imunopatogênese, de vacinas e de avaliação de novas drogas leishmanicidas, aspectos também difíceis de avaliar no homem.
            Recentemente, Wege, AK e cols publicaram a utilização de camundongos humanizados para avaliar a infecção de L. major e resposta ao tratamento. Camundongos NSG transplantados com células hematopoéticas pluripotentes CD34 desenvolvem células T , B, NK e células mielóides e têm habilidade de montar resposta imune inata e adaptativa em resposta a antígenos.
            A infecção cutânea com L. major deste camundongo humanizado foi marcada por aumento da lesão, disseminação para linfonodos, fígado, medula óssea e menos intensamente para o baço. A taxa de mortalidade dos animais aumenta com doses crescentes do inóculo.
            Um aspecto interessante deste trabalho foi que o uso de Miltefosina, droga leishmanicida empregada no tratamento de leishmaniose visceral ou tegumentar, foi eficaz em reduzir a carga parasitária dos animais humanizados infectados, abrindo possibilidades para o teste de novas drogas e vacinas contra a leishmaniose, bem como para avaliar os efeitos adversos às drogas.

            Ficamos na expectativa de novos trabalhos com este modelo.
Roque Almeida

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