Semana passada a Faculdade de Medicina da USP em São Paulo
foi palco do VIII Curso Avançado de Patogênese do HIV. Organizado pelo grupo do
Professor Dr. Esper Kallás, este curso trouxe 11 pesquisadores nacionais e 20
internacionais para falar sobre o estado da arte em estudos pré-clínicos e
clínicos em HIV, incluindo aspectos da imunologia básica, virologia, prevenção
e tratamento, estratégias vacinais, além das políticas públicas brasileiras. As
aulas de imunologia foram ótimas e abordaram temas como o papel da inflamação
basal na performance de candidatos vacinais e na patogenia, o
processamento de antígenos, as respostas mediadas por anticorpos, bem como as
células T CD4+, especialmente as T foliculares e T reguladoras, além
é claro das células T CD8+ citotóxicas, entre outros temas. O Dr. Mario Roederer, do NIH, falou das
limitações de estudos de expressão gênica em populações celulares heterogêneas e
apresentou uma técnica chamada Fluidigm,
que consiste basicamente em um sorting de subpopulções celulares seguido de
PCR em tempo real utilizando para cada amostra até 96 pares de primers
simultaneamente. Segundo Roederer, a combinação de citometria de fluxo e transcriptoma
é mais sensível do que microarray, já
que cada célula é interrogada isoladamente. Assim, pode-se identificar quantas
células expressam determinado(s) gene(s), e quanto cada célula expressa. Os gringos do NIH já estão usando e abusando
do single cell expression profiling e
apresentaram resultados que correlacionam a função de subpopulações celulares
com a resposta a candidatos vacinais, por exemplo. Para quem quiser assistir, todas as aulas
serão disponibilizadas no site do evento (http://www.patogenesedohiv.com.br),
que foi gratuito e patrocinado pela SBI. Fiquei muito satisfeito com a
qualidade desse curso. Parabéns aos organizadores!
Para ler mais sobre Fluidigm,
sugiro o link abaixo.
Abraços e boa semana
Jonatan Ersching
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