BLOG DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE IMUNOLOGIA
Acompanhe-nos:

Translate

terça-feira, 14 de agosto de 2012

"Dynamic In SItu Cytometry" : mais uma útil ferramenta na Imunologia


É possível identificar e estudar a dinâmica de uma determinada célula e ao mesmo tempo fenotipar esta célula in vivo durante um determinado evento imunológico?

Um estudo publicado a pouco tempo na Immunity demonstrou que sim.  Um grupo da França liderado pelo Dr. Philippe Bousso desenvolveram um método chamado de DISC (Dynamic In Situ Cytometry) que é capaz de caracterizar simultâneamente a dinâmica de linfócitos T e monitorar o fenótipo imunológico celular in vivo, durante o reconhecimento de antígenos por linfócitos T.

O método consiste na obtenção de imagens por microscopia 2-fótons intravital, onde os filmes time-lapse contendo informações de cada célula individualmente, são processados e convertidos  em arquivos lidos pelo citômetro (FCS), permitindo portanto, a sua análise nos programas de citometria convencionais como o Flowjo por exemplo.
Príncipio da metodologia de DISC

Esta estratégia possibilita análises multiparamétricas de motilidade celular e parâmetros fenotípicos durante um determinado período de tempo, e ao mesmo tempo permite que o pesquisador se beneficie do uso dos gates e do grande repertório de marcações e da quantificação que um citometro de fluxo pode oferecer.


O método de DISC traz uma grande vantagem para nós imunologistas, que é poder conectar o comportamento de uma determinada célula ao seu fenótipo e sua função in vivo, em um dado período de tempo.

Referência:

Moreau et al., Dynamic In Situ Cytometry Uncovers T Cell Receptor Signaling during Immunological Synapses and Kinapses In Vivo, Immunity (2012).
doi:10.1016/j.immuni.2012.05.014

Comente com o Facebook :

4 comentários:

  1. Muito bacana mesmo Kelly! Essa técnica ampliará bastante o tipo de análise que podemos fazer!
    Abração
    Fernando

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Fernando! Obrigada! Certamente é uma ferramenta bem interessante e pode ser extrapolada em diferentes contextos!
      Abs
      Kelly

      Excluir
  2. Salve Dra Kelly,
    Esse trabalho realmente ficou bem interessante e mostra que Bioinformatas estão chegando à área de Imunologia, visto que DISC consiste de um software (desenvolvido pelo grupo) e capaz de "desmontar" o arquivo do confocal, transforma-lo em uma tabela (tipo MS-Excel) e "remonta-lo" na forma de arquivo FCS, analisavel em FlowJo.
    Trabalho igualmente interessante com avanços na area de confocal, tambem publicado na Immunity, posteriormente, é do grupo do Dr Ronald Germain (palestrante no Congresso da SBI 2011, Foz do Iguaçu):

    Histo-Cytometry: A Method for Highly Multiplex Quantitative Tissue Imaging Analysis Applied to Dendritic Cell Subset Microanatomy in Lymph Nodes. Michael Y. Gerner, Wolfgang Kastenmuller, Ina Ifrim, Juraj Kabat, and Ronald N. Germain. 10.1016/j.immuni.2012.07.011

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pelos comentários Walter! Eu acho que é por aí mesmo, quanto mais as diversas áreas da ciência se relacionarem e trabalharem juntas, melhores são os resultados que somos capazes de obter. A bioinformática aliada a Imunologia, só trará mais benefícios, abrindo nossos campos de investigação. Este artigo que vc citou, mostrando os avanços na área do confocal, é bem interessante também!!!
      Abs
      Kelly

      Excluir

©SBI Sociedade Brasileira de Imunologia. Desenvolvido por: