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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Novos Rumos Contra o HIV!

Por Rafael Larocca*

Em menos de uma semana, o grupo liderado por Dan Barouch (Diretor do Center for Virology and Vaccine Research, Beth Israel Deaconess Medical Center – Harvard Medical School), em colaboração com outros grupos de pesquisa, publicou dois importantes artigos abrindo novos horizontes para a descoberta de uma vacina de abrangência global, assim como novas terapias para o tratamento do HIV. 

O primeiro artigo, publicado na Cell (aqui), em colaboração com Bette Korber (Líder do Computational Biology and Mathematical Modeling Team – Los Alamos) e Michael Nelson (Diretor do U.S. Military HIV Research Program), abordou o uso de bioinformática para o mapeamento dos principais antígenos presentes nos diferentes sorotipos de HIV, desenvolvendo assim uma vacina que seria mundialmente eficaz.

Perguntei ao Barouch qual a contribuição desse trabalho para o desenvolvimento de uma vacina para o HIV e ele disse: 
The global diversity of HIV-1 represents a major challenge for HIV-1 vaccine development.  In this manuscript, we show for the first time that bioinformatically optimized HIV-1 vaccine antigens called 'mosaic antigens' can afford partial protection in rhesus monkeys against challenges with the stringent virus SHIV-SF162P3. Protection was dependent on several different types of antibody responses. These data suggest a path forward for the development of a global HIV-1 vaccine and give us hope that such a vaccine might indeed be possible. We are planning to advance this HIV-1 vaccine candidate into clinical trials next year.

O segundo artigo, publicado na Nature (aqui), em colaboração com Michel Nussenzweig (The Rockefeller University) e Dennis Burton (Scripps Research Institute), abordou o uso de anticorpos monoclonais neutralizantes para o controle da viremia em macacos infectados com SHIV [“Backbone” do SIV (Simian Immunodeficiency Virus) expressando proteínas de envelope do HIV]. A administração desses anticorpos resultou em redução da carga viral, abrindo novas oportunidades para o uso de anticorpos como terapia e controle do HIV.

Questionado sobre a contribuição desse trabalho para o uso terapêutico de anticorpos contra o HIV, Barouch respondeu
In this paper, we show for the first time that potent HIV-1-specific monoclonal antibodies have profound therapeutic efficacy in monkeys infected with simian-human immunodeficiency virus (SHIV).  In particular, infusion of the antibody PGT121 resulted in up to a 3.1 log reduction of viral loads to undetectable levels in 7 days and also reduced cell-associated virus in peripheral blood, lymph nodes, and gut.  Moreover, antibody infusion significantly improved host immune responses.  In most cases, virus rebounded when antibody titers declined, but a subset of animals maintained undetectable viral loads in the absence of further antibody infusions. These data strongly encourage the development of monoclonal antibodies as a novel therapy for HIV-1 in humans.  These antibodies have rapid and profound therapeutic efficacy in SHIV-infected rhesus monkeys and offer a different mechanism of action than do antiretroviral drugs. Antibodies directly target free virus as well as virally infected cells, whereas most drugs only inhibit replicating virus.  Monoclonal antibodies in conjunction with antiretroviral drugs can be explored for treatment intensification, pre- and post-exposure prophylaxis, and virus eradication strategies for HIV-1 in humans.

O caminho para a descoberta de uma vacina eficaz ainda é longo, mas a união de esforços como mostrado nos trabalhos acima nos faz acreditar que existe luz no fim do túnel!

*Rafael A Larocca, PhD
Postdoctoral Fellow
Dan Barouch’s Lab

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3 comentários:

  1. Muito interessante mesmo os artigos! Parabéns a todo o grupo pelas belas publicações! bjs

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  2. Edição especial com foco em HIV/AIDS na Cell está online, incluindo Barouch's, Sicliano's mostrando que o reservatório de virus latente é muito maior que o que se pensava, e uma série de perspectivas sobre diversos aspectos do vírus. Vale a pena checar.

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