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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Resposta imune conecta autismo e epilepsia




Na Nature Medicine de Agosto de 2011, Abhay Sharma do Institute of Genomics and Integrative Council of Scientific and Industrial Research de Deli, India, escreve uma nota ao Editor comentando sobre como a resposta imune está implicada no desenvolvimento do autismo e da epilepsia. Abaixo alguns aspectos descritos nesta correspondência.
Em 1943, o psiquiatra austríaco Leo Kanner publicou um artigo que pela primeira vez utilizava o termo autista, descrevendo pacientes com uma série de problemas sociais, de linguagem e cognitivos
Após 7 décadas, os cientistas já aprenderam muito sobre esta doença e observaram que algumas vezes o autismo se manifesta com algumas outras desordens neurologicas. Levantamentos epidemiologicos recentes revelaram que entre 15 a 30% das pessoas com autismo tambem sofrem de epilepsia . Miley cita evidências que a sinalização alterada de mTOR pode estar realcionadoa a estas desordens neurológicas. Há, entretanto, outras possíveis ligações entre autismo e epilepsia, mostrando que a resposta immune está implicada na patogênesis destas desordens mentais.
Em uma cascata epileptogênica recentemente descoberta, observou-se que neurônios e glias lesionados podem liberar uma proteina conhecida como “ high-mobility group box-1 (HMGB-1)”. Interações desta proteina com TLR4 podem afetar a voltagem e os canais de ions dos ligantes, os quais por sua vez aumentam a excitabilidade neuronal. A interação HMGB-1-TLR4 também está implicada na transcrição de genes relacionados à inflamação, a neurotransmissão e plasticidade sináptica, os quais resultam em inflamação permanente e aumento de susceptibilidade à epilepsia (Vezzani et al., 2011).
É impressionante que o desenvolvimento do autismo pode também envolver respostas imunes, incluindo TLR4 (Cohly & Panja, 2005; Ghanizadeh, 2011). De forma similar à epilepsia,o autismo está associado com a expressão aumentada de HMGB-1 and TLR-4 (Emanuele et al, 2010, Jyonuchi et al, 2008, Enstrom et al, 2010; Hu et al, 2006). Uma recente análise da expressão gênica post-mortem em indivíduos autistas identificou diminuição da expressão de genes mediando funções sinápticas e aumento de genes relacioandos à inflamação (Volneagu et la., 2011). Assim , é possível que uma resposta immune alterada esteja associada ao autismo e epilepsia. Drogas que modifiquem esta resposta immune, portanto, podem ter importância terapêutica em ambas as condições.
Miley, M Nat. Med. 17, 408-410, 2011.
Maroso, M et al., Nat med. 16 413-416, 2010.
Vezzani, A et al., Brain Behav. Immunol, 2011
Cohly, HH & Panja, A. Int. Rev. Neurobiol. 72, 317-341, 2005
Ghanizadeh, A. Epilepsy Behav. 29, 422 2011
Emanule, E et al., Prog. Neuropsycopharmacol. Biol. 34, 681-683, 2010
Jyonuchi, H. et al. J. Neuroinflammation 5, 52 2008.
Enstrom, AM et al. Brain Behav Immun., 24, 64-71, 2010
Hu, VW et al. BMC Genomics, 7, 118, 2006
Voineagu, I et al., Nature, 414m 380-384 (2011).

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3 comentários:

  1. Esse assunto já causou bastante discussão no campo da vacinologia. Há uma forte corrente de pais, aqui nos EUA, que não querem mais vacinar os filhos porque o agora ex-cientista Andrew Wakefield publicou um paper no Lancet mostrando associação entre o autismo e vacinas como as do sarampo e rubéola. O paper foi publicado em 1998 e gerou intensa discussao e vários seguidores da idéia de não vacinar mais as crianças. Recentemente o artigo foi retratado pela revista e o argumento foi contundente: fraude.

    Eu não li nenhum dos artigos referidos pela Cláudia, mas sei que essa discussão dá muito pano pra manga.
    Belo post, Cláudia.
    Abraço

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  2. A carne branca, a textura macia, o cheiro característico e o sabor único fazem do peixe um alimento irresistível à mesa, seja ele frito, assado, grelhado ou cozido. Mas os atrativos não param por aí: são inúmeros os benefícios que a carne de peixe oferece à alimentação de pessoas de todas as idades e, por isso, seu consumo é recomendado por médicos e nutricionistas, ao menos uma vez por semana.

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  3. "Essa descobertas reforçam a teoria que a resposta imune do cérebro está envolvida com o autismo, apesar de ainda não estar claro se a inflamação é uma conseqüência da doença, a sua causa, ou ambos," disse Carlos Pardo-Villamizar, M.D., professor assistente de neurologia e patologia na Johns Hopkins e autor principal do estudo. > testosterone budesonide verapamil ramipril propanolol candesartan platelet rich plasma methotrexateme epinephrine prednisone levocetirizine loratadine acetaminophen celecoxib paroxetine venlafaxine nortriptyline pantoprazole cimetidine Seja qual for a causa da inflamação, ela pode oferecer um bom alvo para desenvolver novos tratamentos, acrescenta Pardo.

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