BLOG DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE IMUNOLOGIA
Acompanhe-nos:

Translate

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

NLRP3 e AIM2 na patogênese da Malária



Imagem: Graphical abstract de Cell Rep. 2014;6(1):196-210.



2014 começa quente no que diz respeito ao reconhecimento imune inato durante a malária.

Dois trabalhos publicados em Janeiro desse ano sugerem que os inflamassomas participam do reconhecimento das infeções por Plasmodium.


Um primeiro trabalho, publicado no PLOS Pathogens (aqui), foi coordenado pelo Ricardo Gazzinelli e Marco Ataide e demonstra que infeções por Plasmodium induzem ativação de caspase-1 mediada por MyD88. Esse processo é dependente do primimg por IFN-g e dos componentes do inflamassoma como ASC, NLRP3 e NLRP12.  Esse processo é particularmente importante para compreensão sensibilidade às infeções bacterianas que é observada em individuos com malária. Fica demonstrado que a ativação de caspase-1 via NLRP3/NLRP12 durante a malária é importante para a produção de IL-1b e para a hipersensibilidade desenvolvida em infeções bacterianas após e durante a malária.

Outro trabalho, coordenado pela Kate Fitzgerald, publicado no Cell Reports (aqui), demonstra que durante a infeção por Plasmodium ocorre a ligação do DNA plasmodial à hemozoina. Esse processo leva a ativação de TLR9, que prima os macrófagos para ativação do inflammasoma. Ocorre então a ativação de dois inflamassomas distintos. O primeiro inflammasoma ativado é dependente de NLRP3 e ASC e é induzido após a fagocitose da hemozoina, um cristal que favorece a desestabilização dos lisossomas levando à ativação do NLRP3 inflammasoma. O segundo inflammasoma é dependente de AIM2 (que é um sensor de DNA citósolico) e ASC que induzem ativação de caspase-1 em resposta a contaminação do citoplasma celular com a hemozoína ligada ao DNA genômico do Plasmodium.

Esses dois trabalhos ajudam a compreensão da patogênese da malaria, colocando os inflamassomas como plataformas chaves para a compreensão da inflamação sistêmica observada durante a malária.



Comente com o Facebook :

Nenhum comentário:

Postar um comentário

©SBI Sociedade Brasileira de Imunologia. Desenvolvido por: