Este filme que estreou em 2009, estrelado por Brad Pitt, foi apenas ficção, mas a busca pela beleza e pelo rejuvenescimento ganha novos aliados, a ponto de fazer da ficção uma realidade.
No ano passado, um grupo de pesquisadores publicou um trabalho na Nature demonstrando o efeito rejuvenescedor da Rapamicina, uma droga utilizada normalmente em pacientes transplantados para que haja menor rejeição ao enxerto. Nessa pesquisa, liderada por David Harrinson, do Laboratório Jackson (EUA), a longevidade dos camundongos aumentou cerca de 14% para fêmeas e 9% para machos, considerando a idade dos animais em que foi administrada a droga (PMID: 19587680). Uma maravilha não é!? Nem tanto assim. Como a Rapamicina é um imunossupressor, de nada adiantaria desacelerar o ritmo do envelhecimento e acabar por morrer de alguma infecção.
O alvo da ultima descoberta da ciência nem é tão desconhecido, mas foi manipulado como um interruptor, de forma que se possa ligar ou desligar, aprofundando assim o conhecimento sobre a função desta proteína. Estamos falando da telomerase. Pesquisadores da Universidade de Harvard, liderados por Ronald DePinho, desenvolveram um camundongo knock-in associando o gene da telomerase ao do receptor do hormônio estrógeno, controlados pelo promotor TERT e induzidos por 4-hidroxitamoxifem (4-OHT). Animais não tratados não expressam a telomerase, acelerando o envelhecimento, e ao tratá-los com 4-OHT, a expressão da telomerase é ativada (PMID: 21113150). A indução do envelhecimento precoce nos animais reduz a massa cerebral, danifica o intestino, atrofia o baço e os testículos, causando a ausência de esperma. Eles esperavam que, ao ativar a expressão da telomerase, ao menos o envelhecimento não mais prosseguiria, mas o que observaram foi que este tratamento fez com que os camundongos se tornassem mais jovens e reprodutivos novamente.
Será que dessa vez estamos realmente mais próximos da “fonte da juventude”? E quais seriam as consequências sobre o sistema imune?
Interessante, mas pensemos no preço da juventude: trabalhos mostram que atividade aumentada da telomerase e câncer podem andar juntos!
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