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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Tolerância clínica na malária, papel da subpopulação Vdelta2+ dos linfócitos T gama-delta


Fig. 1. Decline in malaria episodes and an increase in asymptomatic parasitemia.

 Em muitas infecções a forma assintomática ocorre por tempo variável e pode ser seguida do desenvolvimento das formas sintomáticas, as manifestações clínicas da doença. Na malária, a forma assintomática sucede múltiplas manifestações sintomáticas. Após múltiplos episódios de malária, o indivíduo modula a resposta que leva às manifestações clínicas mesmo que não consiga a eliminação do Plasmodium. Este controle das manifestações clínicas (forma assintomática) sem imunidade esterilizante caracteriza a imunidade clínica. O entendimento dos mecanismos que levam à forma assintomática é necessário para um melhor manejo dos pacientes com malária. Este conhecimento é também importante pois pode levar ao desenvolvimento de vacinas anti-doença. Vários estudos têm demonstrado alguns mecanismos envolvidos.

Um estudo recente na Science Translational Medicine (Jagannathan et al., Loss and dysfunction of Vδ2+ γδ T cells are associated with clinical tolerance to malaria. Sci. Transl. Med. Vol 6 Issue 251 251ra117, 2014) que as formas assintomáticas estão associadas a uma redução de número das células Vδ2+ γδ e da resposta destas células aos antígenos do Plasmodium (redução da proliferação e da produção de citocinas com aumento da expressão de gens reguladores). Os dados são significativos, principalmente se levado em conta que estas células pró-inflamatórias sofrem uma rápida expansão na malária de indivíduos sem exposição prévia.

Recomendo a leitura (aqui, se vc tem acesso permitido), DOI 10.1126/scitranslmed.3009793.

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