Já fizemos uma série de posts ao longo do ano passado
descrevendo as motivações, o início e os primeiros passos do projeto “Imunologia
nas Escolas” em sua versão ribeirão pretana. Continuamos nos baseando no ideal
de levar o conhecimento imunológico para as salas de aula do ensino médio.
Seguindo a premissa do “em time que se ganha, não se mexe” mantivemos a estrutura
básica do ano anterior, com quatro atividades abordando uma visão geral do sistema
imune e aprofundando nos fenômenos relacionados à inflamação, defesa contra
micro-organismos e alergia. No entanto, dizer que seguimos o mesmo roteiro não
significa admitir que tudo foi feito de forma igual, afinal, a prática docente
exige sempre uma reflexão sobre ela mesma, se reinventando em cima das
experiências prévias (já diziam meus professores da área da licenciatura em
Biologia).
Para este ano, decidimos atuar apenas em escolas públicas de
porte menor, conselho dado por uma educadora consultada. De fato, a parceria
com uma instituição não muito grande gera facilidades no planejamento do
projeto uma vez que se consegue envolver mais efetivamente os membros da
comunidade escolar (direção, coordenação e professores da área) no processo de
implantação do projeto, evitando-se contratempos na execução das atividades.
A equipe de pós-graduandos e alunos de graduação também teve
uma renovação parcial. Muitos dos alunos do ano anterior se mantiveram no
projeto e outros chegaram e é com essa dinâmica que almejamos seguir. Nesse
sentido, pretende-se que o aluno que já participou uma vez atue como um
monitor, auxiliando os novos membros na elaboração das atividades.
Com base nas filmagens feitas das atividades do primeiro ano,
pudemos reformular alguns roteiros e adequar melhor a linguagem técnica
imunológica para o nosso público alvo, agora, alunos do segundo ano do ensino
médio. Aliás, a decisão de atuar no segundo ano foi feita após uma sugestão da
professora de biologia da escola. Segundo ela, nosso trabalho se tornaria mais
efetivo, pois ocorreria em paralelo ao momento em que os alunos estariam
estudando tópicos relacionados aos aspectos básicos de biologia celular.
Os resultados obtidos ao longo das atividades continuaram
sendo motivadores. Lidamos com alunos bastante atentos, o que podíamos
constatar com base na diversidade de dúvidas levantadas e nas atividades que
propusemos ao longo do projeto. Acesse o link da página do projeto no facebook
e veja uma demonstração do que conseguimos ao longo do projeto:
Nesse contexto, a equipe continua trabalhando no sentido de
expandir o projeto, com perspectivas futuras de atrair esses alunos para a
universidade, de modo que possam até mesmo participar de projetos de
pré-iniciação científica. Assim, nosso objetivo é de que a imunologia não seja
apenas uma ferramenta para que esses jovens compreendam melhor fenômenos de seu
dia a dia, mas sim que eles possam por meio da imunologia, se sentir atraídos
pela ciência de modo geral, pelo ambiente universitário, independentemente da
área pela qual possuam afinidade.
Por fim, terminamos mais essa etapa do projeto na certeza de
que alguns passos mais foram dados, no entanto, cientes de que ainda devemos
modificar muitas coisas e implantar outras mais para que o projeto possa ter um
impacto social relevante e significativo para a comunidade à qual se destina.
Post de Murilo Solano Dias / FMRP-IBA
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