Mudanças no perfil de expressão gênica de linfócitos em
resposta à ativação e que se traduzem em alterações metabólicas, proliferativas
e funcionais são reguladas por fatores de transcrição, como tem sido
extensivamente descrito principalmente para os variados subtipos de linfócitos
T CD4+. Mas também entre os linfócitos T CD8+, fatores como T-bet, Eomes,
Runx3, Id2 e Blimp-1 são conhecidamente responsáveis pelo controle da expressão
de genes relacionados à diferenciação de células naïve em células efetoras e de
memória. No entanto, as etapas iniciais dessa diferenciação de linfócitos T
CD8+ são ainda insuficientemente caracterizadas. Neste sentido, mês passado um
grupo da UPenn e Harvard publicou na Nature Immunology um trabalho mostrando o
papel do fator de transcrição BATF no controle inicial da diferenciação de
linfócitos T CD8+ naïve em efetores.
Curiosamente, em um modelo de infecção por LCMV a ausência de BATF levou
à menor quantidade de células TCD8+ efetoras. A falta de BATF se traduziu em maior expressão
de CD95, atividade de caspases, bem como maior produção de IFN-γ e granzima B. A análise
molecular sugeriu ainda que BATF atua em conjunto com IRF4 e tem um papel no controle
de outros fatores de transcrição, como T-bet, Eomes, Blimp-1 e Runx3, além de
modular o aumento da expressão de receptores de citocinas inflamatórias e
diminuição da expressão de moléculas efetoras. Assim, o grupo propôs que BATF
orquestraria um checkpoint que definiria
o limiar de ativação necessário para iniciar a diferenciação de linfócitos T
CD8+ efetores.
Para quem se interessar, segue o
link do trabalho
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24584090
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