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quarta-feira, 16 de abril de 2014

A microbiota, a sua geladeira e doenças imunes





A ação da microbiota em nossa vida está além da capacidade de alterar nosso humor entre “enfezados” e bem-humorados. Um estudo recente demonstrou que uma tribo da Tanzania, chamada Hadza, que ainda possui hábitos de caça e por consequência sua alimentação é bem diversa da nossa, não possui uma bactéria que normalmente é considerada fundamental na composição dos famosos probióticos (Bifidobacterium). Com o crescimento da “indústria dos hábitos saudáveis” os probióticos foram adicionados a vários produtos como iogurtes, bebidas e até alimentos para o bebê. No entanto, o perigo está exatamente onde menos se espera. Os pesquisadores relataram que a população de Hadza, assim como os indivíduos residentes em áreas rurais que se alimentam de menos produtos processados, possuem um microbioma mais diverso. Isso mesmo, mais diverso do que a população que consome produtos industrializados, especificamente da Itália. Eles descreveram ainda uma associação entre menor diversidade no microbioma e doenças do cólon, como a doença de Crohn. Para estimularmos a caça ou agricultura, o que preferirem, na população de Hadza, foi observada ainda a inexistência de outras desordens relacionadas com desequilíbrio de diferentes tipos de bactérias intestinais como doenças autoimunes, obesidade e diabetes. Segundo a autora do estudo Alyssa Crittenden, devemos redefinir nossa noção do que é considerado saudável e prejudicial na nossa dieta. Não sei vocês mas a partir de agora já cortei alguns produtos industrializados da lista de compras daqui de casa.

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Post por Luara Isabela dos Santos, pós-doutoranda, Laboratório de Imunopatologia, Fiocruz-MG

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