Será que as moléculas apresentadoras de
antígenos lipídicos da família CD1 estão relacionados com a obseidade? Esta
pergunta sempre me intrigou. Foi publicado ontem dia 13 de setembro na Immunity um estudo bem interessante que responde esta pergunta. Pelo
menos no que concerne as moléculas CD1d.
Os
autores demonstraram que células NKT invariantes, capazes de reconhecer
antígenos lipídicos apresentados por moléculas CD1d e que eram conhecidas por
serem raras em humanos, são na verdade muito abundantes nos tecidos adiposos
tanto de humanos quanto em camundongos. O que chamou mais minha atenção foi
que a medida que o tecido adiposo se expandia em indivíduos obesos, o número de
células iNKT diminuia e coincidia com uma proeminente infiltração de macrófagos
pro-inflamatórios. Quando os indivíduos perdiam peso, havia uma restauração do
número de células iNKT. Outro ponto bem interessante que foi demonstrado pelos
autores, foi o de que quando células iNKT eram transferidas para camundongos
obesos ou se ativava estas células com seu ligante a-GalCer, havia um decréscimo
do número de células adiposas, dos níveis de triglicérides e de leptina, bem como havia uma melhora na sensibilidade à insulina através da produção de citocinas
anti-inflamatórias.
Este
estudo mostra novamente a importância e o potencial das terapias que tem como
alvo as células iNKT no controle e tratamento da obesidade!
Vale
a pena a leitura!
Lynch et
al. 2012. Adipose Tissue Invariant NKT Cells Protect against Diet-Induced
Obesity and Metabolic Disorder through Regulatory Cytokine Production. Immunity. Available online 13 September
2012
Excelente post Kelly!!!!! Show de bola!
ResponderExcluirAbraços
André