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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Apresentadoras de antígenos incondicionais!

Por mais que tento sair do tema, me deparo com achados interessantes e esclarecedoras sobre células dendríticas (DC) e monócitos que merecem ser trazidos para o nosso blog. Desta vez, um de nos, Alice O. Kamphorst, que está atualmente como pós-doutoranda no laboratório do Michel Nussenzweig, acaba de publicar no Journal of Immunology um elegante trabalho mostrando que diferente das DCs, os monócitos ativados não são especializados para a execução da tarefa de apresentar antígenos.

O que enriquece muito o trabalho da Alice é sua abordagem experimental. Apesar de já estar descrito que tanto DCs quanto monócitos ativados são capazes de apresentar antígenos, uma comparação sistemática do processamento e apresentação de antígenos por estas células após a captura por diferentes vias, ainda não tinha sido cuidadosamente explorada. Assim, ela e seus colaboradores compararam a apresentação através de MHC de classe I e II por DCs esplênicas ativadas ou em repouso, monócitos ativados, células B, e DCs derivadas de cultura de medula óssea na presença de GM (GM-DC) e ligante FLT3, após captura de antígenos mediada por endocitose, pinocitose ou fagocitose. Os resultados mostram que as DCs esplênicas convencionais são diferentes de todas as outras células avaliadas por eles. As primeiras executam eficientemente a função de apresentação antigênica independente da rota de captação do antígeno ou do seu estado de ativação. Por outro lado, a rota de captura do antígeno influencia na eficácia das outras células em apresentar antígenos. Como demonstrado por eles, monócitos ativados e GM-DC são muito similares as DCs convencionais na apresentação cruzada de antígenos endocitados, mas as primeiras se tornam praticamente inativas quando os mesmos antígenos são capturados por fagocitose. Além disto, quando o antígeno é endocitado via receptor, as células B ativadas são tão eficientes em apresentar antígenos via MHC de classe II quanto as DCsCD8+, mas o mesmo não acontece na ausência do receptor mediando este processo de internalização.

Recomendo a leitura e parabéns Alice! (doi:10.4049/jimmunol.1000359)

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