E. coli exposta ao peptídeo microbicida CM15. A imagem, obtida por microscopia de força atômica, mostra o começo da destruição da parede bacteriana. Crédito: Georg Fantner.
Agora, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, otimizaram a técnica de microscopia de força atômica (AFM) de alta velocidade, possibilitando o estudo de células vivas em tempo real e em alta resolução. A AFM tem a mesma resolução do microscópio eletrônico (cinco nanômetros), mas permite avaliar espécimes vivos, por não precisar de vácuo. O trabalho, liderado por Angela Belcher, foi publicado na edição de março da revista Nature Nanotechnology (Vol 5, n. 3, 2010).
Belcher e sua equipe usaram um cantiléver (imagine um gancho), com uma sonda em uma das extremidades, de tamanho mil vezes menor dos usados rotineiramente na AFM. Explicando de forma bem simplista, a sonda percorre a amostra e “sente” sua superfície. Com o reduzido cantiléver, foi possível gerar imagens frequentes sem causar danos à bactéria, alvo do estudo.
Com a resolução espacial de nanômetros e resolução temporal de segundos, os cientistas acompanharam a cinética da atividade microbicida do peptídeo CM15 em Escherichia coli (veja imagem), a cada 13 segundos, e observaram que o processo de morte ocorre em duas etapas: uma fase de incubação, cujo tempo varia de bactéria para bactéria (de segundos a minutos), seguida de uma rápida execução. Segundo os pesquisadores, tais medidas demonstram o enorme potencial da tecnologia para o campo da biologia celular, possibilitando o estudo de processos celulares em tempo real, em alta resolução. Para a imunologia, não faltam ideias de experimentos que poderiam usar a AFM otimizada.
Interessante
ResponderExcluirparabéns pelo blog
Sérgio