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domingo, 18 de abril de 2010

Microarranjo de proteinas para avaliação de anticorpos na malária.



Postado por Bruno Andrade



Um trabalho recente no PNAS (A prospective analysis of the Ab response to Plasmodium falciparum before and after a malaria season by protein microarray; PNAS 107:6958-6963, 2010 ; doi: 10.1073/pnas.1001323107) avalia, através de metodologia de alto desempenho, os possíveis alvos de anticorpos protetores na malaria por P. falciparum.

Há bastante tempo se sabe que o desenvolvimento de anticorpos anti-parasita na malária ocorre somente alguns anos após a exposição ao parasita. Também não é recente o reconhecimento da importância dos anticorpos na imunidade da malaria, contudo pouco se sabe dos alvos dos anticorpos, em especial aqueles com papel protetor. O trabalho contribui de forma importante para a compreensão do problema ao realizar um microarranjo com cerca de 23% do proteoma do P. falciparum testado em soro de 220 indivíduos.

É promissor que 49 proteínas do P. falciparum, medidas antes e depois do período da malária, aumentem em em crianças infectadas que não desenvolveram doença em relação a crianças que ficaram doentes. Seriam estas proteínas candidatas para uso em imunoproteção? Muito cedo ainda para concluir isto. Os autores reconhecem que são necessários mais estudos, inclusive em outras áreas endêmicas, para uma melhor compreensão da imunidade humoral protetora na malária falciparum.

Veja o resumo do artigo:

“Abs are central to malaria immunity, which is only acquired after years of exposure to Plasmodium falciparum (Pf). Despite the enormous worldwide burden of malaria, the targets of protective Abs and the basis of their inefficient acquisition are unknown. Addressing these knowledge gaps could accelerate malaria vaccine development. To this end, we developed a protein microarray containing 23% of the Pf 5,400-protein proteome and used this array to probe plasma from 220 individuals between the ages of 2–10 years and 18– 25 years in Mali before and after the 6-month malaria season. Episodes of malaria were detected by passive surveillance over the 8- month study period. Ab reactivity to Pf proteins rose dramatically in children during the malaria season; however, most of this response appeared to be short-lived based on cross-sectional analysis before the malaria season, which revealed only modest incremental increases in Ab reactivity with age. Ab reactivities to 49 Pf proteins measured before the malaria season were significantly higher in 8– 10-year-old children who were infected with Pf during the malaria season but did not experience malaria (n = 12) vs. those who experienced malaria (n = 29). This analysis also provided insight into patterns of Ab reactivity against Pf proteins based on the life cycle stage at which proteins are expressed, subcellular location, and other proteomic features. This approach, if validated in larger studies and in other epidemiological settings, could prove to be a useful strategy for better understanding fundamental properties of the human immune response to Pf and for identifying previously unde- scribed vaccine targets.”

Você acha que esta metodologia é promissora?

Você investiria tempo/dinheiro na validação desta abordagem para a malária ou outras patologias?

Imagem: Richard J. Pleass and Anthony A. Holder. Antibody-based therapies for malaria. Nature Reviews Microbiology 2005 3, 893-899 doi:10.1038/nrmicro126

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