Por Leo Iwai
Este ano comemoram-se 30 anos do laboratório dos professores Diane Mathis e Christophe Benoist - também conhecido como CBDM-lab -, atualmente associado ao Departamento de Microbiologia e Imunologia da Universidade Harvard.
Diane e Christophe se conhecerem em Estrasburgo enquanto Diane estava desenvolvendo seu pós-doc e Christophe fazendo doutorado, na Universidade Louis Pasteur, com o Professor Pierre Chambon. Mudaram-se para Stanford onde fizeram pós-doc, entre os anos 1981 e 1983. Em seguida, voltaram para Estrasburgo para iniciarem juntos seu laboratório no Instituto de Genética e Biologia Molecular. Em 1999, foram contratados pela Universidade Harvard, onde montaram o laboratório na Joslin Diabetes Center e se mudaram para o New Research Building, também em Harvard, em 2004.
Atualmente há 36 pessoas trabalhando no CBDM-lab, sendo sete alunos de doutorado e 17 pós-docs. Por lá já passaram mais de 140 pessoas, entre alunos de doutorado e pós-docs de diversos países, inclusive do Brasil, como foi o meu caso. Melanie Rodacki, atualmente professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também foi do CBDM-lab, assim como Julia Farashe, vinda do Instituto Weizmann de Israel, que começou agora lá.
Há diversas linhas de pesquisa sendo desenvolvidas no CBDM-lab, como o estudo de diferenciação de células T, tolerância e autoimunidade, em especial o APECED (autoimmune-polyendocrinopathy-candidiasis-ectodermal dystrophy) e estudos translacionais em modelos experimentais de diabetes e artrite reumatóide. Mais recentemente, o laboratório tem liderado o projeto ImmGen (www.immgen.org), estudo multicêntrico de Imunologia de Sistemas explorando o padrão de regulação de expressão gênica em diversos tipos de células do sistema imune de camundongo e humanos.
A celebração dos 30 anos, ocorrida nos dias 24 e 25 de maio, em Boston, reuniu 96 ex-membros do laboratório, ou ex-CBDMers, vindos de diversas partes dos Estados Unidos e do mundo, como Japão, Canadá, México, França, Portugal, Itália, Alemanha, Grécia, Suíça, Dinamarca e Brasil.
No primeiro dia, os professores Alexander Rudensky e Vijay Kuchroo fizeram uma homenagem especial aos dois chefes do laboratório, e tivemos um ciclo de seminários de alguns ex-CBDMers, que são atualmente CEOs, fundadores de empresas de biotecnologia, diretores, professores e cientistas de diversas universidades e centros de pesquisa espalhados pelo mundo.
O segundo dia iniciou-se com um ciclo de apresentações de ex-membros do laboratório, compartilhando momentos memoráveis nesses últimos 30 anos, seguido por uma partida de futebol, que se tornou um evento importante e contínuo no calendário de atividades do laboratório, após uma partida de futebol contra o laboratório do Prof Ulrich von Andrian em 2005 que organizei com um outro brasileiro, Leonardo Karan, então doutorando sanduíche pela UFRJ no laboratório do von Andrian, atualmente no Inca.
O encerramento da comemoração dos 30 anos do CBDM-lab foi realizado com um jantar e festa com os ex e atuais membros do laboratório e familiares à bordo do Spirit of Boston, que fez um cruzeiro pelas baías de Boston.
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