A Reação em Cadeia da Polimerase, ou simplesmente PCR (Polymerase Chain Reaction), foi desenvolvida por Kary Mullis em 1983. Em 1989, a Hoffman La Roche & Perkin-Elmer Corporation patenteou o processo, e em 1993, Mullis recebeu o Prêmio Nobel de Química pelo seu trabalho. Essa técnica se tornou uma das mais comuns em laboratórios de pesquisa médica e biológica, sendo empregada no diagnóstico de doenças, medicina forense, teste de paternidade, sequenciamento de DNA, além de várias outras aplicações. Na área de imunologia vem sendo empregada principalmente para análise de transcritos através da PCR em Tempo Real (Real Time-PCR; qPCR).
qPCR é usada para amplificar e ao mesmo tempo quantificar a molécula alvo. Por ser uma técnica precisa, de fácil execução e por gerar resultados rápidos, essa ferramenta passou a ser empregada na rotina da biologia molecular para estudar a expressão gênica. Porém, a PCR em tempo real também apresenta seus problemas, como em algumas infecções, quando um determinado organismo pode alterar a expressão do gene housekeeping.
Pensando na área de imunologia, será que podemos substituir técnicas como ELISA, Western blotting, citometria de fluxo e imunohistoquímica, que analisam o produto final da expressão gênica (proteína), pela qPCR que analisa apenas o transcrito, como vem sendo feito ultimamente? Ou será que devemos continuar utilizando essa técnica apenas para complementar os resultados obtidos nas análises protéicas?
Essas são questões levantadas por diversos pesquisadores ao escolher a melhor técnica a ser utilizada. Porém, é necessário entender a aplicabilidade da técnica e não somente utilizá-la para não fugir do “modismo”...
E como estamos falando de PCR, encontrei estes dois divertidíssimos vídeos na net. Fica a dica para discontrair um pouco:
http://www.youtube.com/watch?v=_zxr-52KwKo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=-bF2QalUj1Y&feature=related
Fabrício César Dias, Ribeirão Preto
Nesses dias de regulação por miRNAs imagino que o Western cada vez mais se torna a ferramenta mais fiel na dosagem da expressão gênica.
ResponderExcluirBem, acho fundamental uma técnica complementar para confirmação do produto final. Até mesmo porque para algumas citocinas, por exemplo, a alta quantidade de mRNA não resulta em uma alta produção de proteína propriamente dita, e sim o contrário.
ResponderExcluirPor isso acho importante sim uma técnica complementar à qPCR.
Complementando meu comentário acima.
ResponderExcluirPense naquelas proteínas que influenciam diretamente na sua expressão. A medida que os níveis de proteína no ambiente aumentam, seu transcrito diminui.
Se faz necessário a utilização de mais de uma forma de confirmação dos seus resultados, por isso eu creio que as outras técnicas não vão ser substituídas. até mesmo por que cada umas das técnicas tem os seus limites e as outras estão ai para suprir justamente para complementar as limitações das outras.
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