"Uma vez vi um professor de Ensino Médio liderar um exercício simples, mas poderoso, para ensinar seus alunos sobre privilégio e mobilidade social. Ele começou dando a cada estudante um pedaço de papel e pedindo-lhes que o amassassem, fazendo uma bolinha de papel.
Em seguida, ele moveu a lixeira para a frente da sala e disse: 'este jogo é simples - vocês todos representam a população de um país. E todos no país têm uma chance de se tornar ricos e mover para a classe superior. Para isto, tudo o que vocês devem fazer é arremessar sua bolinha de papel na lixeira sem sair do seu banco.'
Os estudantes no fundo da sala começaram a reclamar imediatamente: 'isso é injusto!' Eles conseguiam observar que as fileiras de estudantes na frente deles tinham chances muito maiores.
Todos fizeram suas tentativas e - como esperado - a maioria dos estudantes da frente conseguiram (mas não todos) e somente alguns estudantes do fundo da sala conseguiram acertar a lixeira.
Ele concluiu dizendo: 'quanto mais perto vocês estiverem da lixeira, melhores suas chances. Privilégio se parece com isso. Vocês observaram que somente aqueles que reclamaram de injustiça estavam no fundo da sala?'
'Por contraste, é menos provável que pessoas na frente da sala tivessem consciência do privilégio com que nasceram. Tudo que elas conseguem enxergar são cerca de 3 metros entre elas e o objetivo. Seu trabalho - como estudantes que estão recebendo uma educação - é estar consciente de seu privilégio. E usar este privilégio particular chamado "educação" para fazer o seu melhor para conquistar grandes coisas, o tempo todo defendendo aqueles nas fileiras atrás de vocês.'"
Para ler o original em inglês, clique aqui
Nathan P. Wyle, via buzzfeed.com
Privilégio pra mim é, por exemplo, poder viajar e, contando com a sorte, encontrar a prefeitura (Burgermeister) de Maastricht, Holanda, aberta à visitação (o que acontece somente naquele fim de semana, uma vez ao ano, o "Open Monumentendag" = 24h de monumentos e museus abertos no país inteiro gratuitamente - ideia que também poderíamos copiar aqui no Brasil, não acham?). Privilégio é poder apreciar esta obra-prima de tapete, que de tão raro, não está no chão, para ser pisado, mas pendurado na parede como um quadro, para ser apreciado por gerações e gerações (o prédio é datado de 1798). Situada na confluência de 3 países, Bélgica, Alemanha e Holanda, isso é que eu chamo de sítio "imunologicamente" privilegiado, se é que entendem a minha metáfora. Foto de arquivo pessoal.
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