BLOG DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE IMUNOLOGIA
Acompanhe-nos:

Translate

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ciencia Nova


Um garoto de 15 anos de idade, pode ter sido responsável pelo maior avanço no diagnóstico e tratamento do câncer dos últimos anos.

A FeiraInternacional de Ciência e Engenharia da Intel é a maior competição pré-universitária de ciências. A última edição da competição que ocorreu em maio deste ano em Pittsburgh nos EUA revelou o trabalho de Jack Andraka um jovem de apenas 15 anos de idade. O trabalho não só foi o vencedor do grande prêmio de $ 75,000, mas pode também ser um primeiro passo para uma das maiores inovações no diagnóstico e tratamento de várias doenças. Incluindo o câncer.

Andraka desenvolveu tiras de papel de filtro imersas em uma solução de nanotubos de carbono. A esta solução, é adicionado anticorpos específicos para o antígeno de interesse. Em teoria, a ligação dos anticorpos aos antígenos de interesse causa uma redistribuição dos átomos de carbono na tira de papel e isso gera pequenas variações na condutibilidade elétrica destes átomos de carbono. Essas pequenas variações podem ser detectadas indicando assim a presença do antígeno, de maneira mais rápida, precisa e barata do que as metodologias padrões convencionais como ELISA, etc...

A metodologia desenvolvida por Andraka foi capaz de detectar a presença de mesotelina, uma proteína comumente utilizada como biomarcador do câncer de pâncreas, em uma concentração de 0.165 ng/mL, muito abaixo da concentração de 10 ng/mL, considerada como positiva pelos os outros médodos. A técnica é também 100 vezes mais sensível do que os testes diagnósticos atuais, o que significica: ausência de falsos-positivos ou falsos-negativos. E mais, a técnica foi capaz de detectar proteínas provenientes de células cancerígenas ainda antes do câncer ter se tornar invasivo.

Comparado ao ELISA, técnica utilizada atualmente nas tiras de testes de gravidez, no monitoramento de cargas virais de HIV e no diagnóstico de vírus como o West Nile e o da Hepatite B,  a técnica de Andraka foi 168 vezes mais rápida, 22,667 vezes mais barata e 400 vezes mais sensível.

Andraka está no processo de patentear sua invenção e vai submetê-la para publicação em breve através da American Association of Cancer Research. O garoto já foi contatado por várias industrias farmacêuticas com interesse na comercialização de sua invenção.

O vídeo da entrega do prêmio da Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel e comentários do Andraka sobre seu trabalho podem ser vistos aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=pmVzs3-GNBc&feature=player_embedded


Comente com o Facebook :

7 comentários:

  1. Os melhores experimentos são os mais simples. Ta aí a prova!

    ResponderExcluir
  2. Quantos de vocês sabiam da existência de anticorpos ou antígenos aos 15 anos de idade?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. uahauahauha eu nao sabia!!! estava no segundo ano do segundo grau e nem pra qual curso eu iria prestar o vestibular no ano seguinte eu tinha ideia ainda rs

      Excluir
  3. ehhehe Essa é uma grande verdade Walter.

    Apesar de que na nossa época de 15 anos ter internet em casa (ou mesmo fácil acesso nas escolas) era uma raridade e o conhecimento científico não chegava a escola com tanta facilidade.

    Mas acho q os meninos de 15 anos de hoje já sabem um bocado de coisas q a gente nem imaginava na época.

    ResponderExcluir
  4. Isso tá com cara de propaganda ...

    ResponderExcluir
  5. E a sensibilidade / especificidade ?

    ResponderExcluir
  6. Prezado anônimo.

    Daqui não dá pra saber. Apenas temos as informações que são divulgadas.

    Só nos resta esperar pela publicação dos dados em artigo científico.

    Eu sinceramente não acho q é propaganda. Se isso for mesmo uma pegadinha, tá enganando gente mto importante. Pois foi matéria nos grandes jornais do mundo e o link original é fa FORBES.

    Check it out: http://www.forbes.com/sites/bruceupbin/2012/06/18/wait-did-this-15-year-old-from-maryland-just-change-cancer-treatment/

    ResponderExcluir

©SBI Sociedade Brasileira de Imunologia. Desenvolvido por: