sexta-feira, 20 de julho de 2012

Imunologia quântica



Phileno Pinge Filho, Universidade Estadual de Londrina.



No último 4 de julho logo cedo a Cris Bonorino nos presenteou com o “post”: será que pode mudar? À noite o Timão mostrou que sim e tornou-se o campeão invicto da Taça Libertadores da América.

A descoberta da partícula de Deus completou um capítulo fundamental nos esforços dos físicos em busca da compreensão dos elementos básicos que compõem o universo. A história iniciada nos anos 1960 por meio físico inglês Peter Higgs mostra o modo pelo qual as partículas fundamentais adquirem massa. A massa de uma partícula é a resistência que você encontra se você avança contra ela. A pergunta é: de onde vem essa resistência? A resposta, segundo a teoria de Higgs, é que o espaço está cheio de uma substância invisível – o campo de Higgs.

Nós aprendemos no ensino médio que o vácuo é uma região do espaço completamente vazia, onde não há qualquer matéria ou radiação. Esse vazio completo não apresenta nenhuma característica física. Desde a antiguidade, os pensadores se dividiram quanto à existência ou não do vácuo. Dentro da Física, ora se favorecia a existência desse vácuo (mecânica de Newton), ora se recusava (eletromagnetismo de Maxwell), em que se postula a existência de um material sutil, o éter, preenchendo todo o espaço. Com o surgimento da relatividade restrita, a ideia de éter foi abandonada da física e substituída pelo vácuo. Finalmente, com o surgimento da mecânica quântica, mais especificamente, da teoria quântica de campos, o vácuo clássico foi relegado à mera aproximação do vácuo real, denominado como vácuo quântico.

Quando examinamos fenômenos em escalas menores, constatamos que a realidade física do vácuo permanece igualmente evidente. Verifica-se que a própria vida depende decisivamente de interações com o vácuo. Um apoio suplementar para a tese de que o vácuo é um meio complexo e fisicamente real é fornecido pelas discussões atuais sobre o campo de Higgs .

A imunologia é um processo quântico desencadeado por flutuações no nível quântico. Veja o “post” de ontem escrito pelo Professor Nelson Vaz (Sobre a influenza e vacinas) onde os termos “estabilidade dinâmica linfocitária” - seu “antagonismo imunidade/tolerância” são apresentados. O “vácuo quântico imunológico” seria então o mecanismo de informação holográfica que registra a experiência histórica do sistema imunológico (a matéria).

As implicações de tudo isso são enormes para continuarem sendo desconsideradas. Metodologias incorporadas às analises imunológicas como os “Quantum  dots”, evidenciam o surgimento da imunologia quântica, ainda que seja como  ilhas no mar, separadas na superfície, mas conectadas nas profundezas (Willian James).   

 


Referências:




1-      Carvalho, Leonardo Bernardino de.Efeito Casimir e Polarizacão do Vácuo do Campo de Dirac/Tese de Doutorado, Rio de Janeiro: UFRJ/2006.

2-      Mc Taggart, L. The Field. Copyright  Lynne Mc Taggart, 2002.


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