terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Escrevendo seu primeiro grant




Não basta apenas fazer bons experimentos e publicar artigos de relevância. Mais cedo ou mais tarde, chegará o momento em que o jovem cientista, em início da sua trajetória como pesquisador independente, terá que entrar na corrida para aprovar o seu primeiro grant. E esta fase não é fácil, sobretudo considerando as crescentes dificuldades na obtenção de financiamentos em virtude do aumento do número de propostas e do orçamento limitado das agências de fomento.

Há algum tempo atrás, a Nature publicou um número sobre o doloroso processo de obtenção de financiamento e continuar a fazer ciência de ponta (ver aqui).  Esse tema com certeza continua em pauta tanto no Brasil quanto nos países da Europa e nos EUA.  Um dos trechos do texto, retrata bem os conflitos e desafios deste processo competitivo:

"There is no doubt that competition can breed excellence, and that agencies should be rigorously selective in their research portfolios. But beyond a certain point, the hyper-competition for grants, publication and tenure hurts everyone — the individuals involved, the country and science itself. The process ceases to select for only the very best young scientists, and instead starts to drive many of the smartest students out of research entirely. They realize that the risks outweigh the benefits in science and choose alternative careers. Witness the steady migration of top undergraduates to business and other professions in the past decade, and the drop in the number of doctorates in science and engineering earned by US students since it peaked in the mid-1990s. Those dedicated individuals who do stay in science find that they have less time to do the research they were trained for: a 2007 study by the Federal Demonstration Partnership in Washington DC found that investigators typically spend some 40% of their working week on grant submittals and other administrative dutie."

É isso, a ciência depende de financiamento, e a obtenção deste financiamento requer, entre outros, saber escrever boas propostas de pesquisa.

Dentro deste contexto, a Nature Immunology deste mês (ver aqui) traz um texto interessante na seção de comentários, com links e dicas úteis para quem está começando a trilhar pelos caminhos desafiadores da escrita dos primeiros grants. 
Aproveitem!

Cambronero et al. Writing a first grant proposal 2012. Nature Immunology, 13 (2): 105-108


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