domingo, 6 de julho de 2014

Projeto Imunologia nas Escolas, USP/Ribeirão Preto – 2° ano


Já fizemos uma série de posts ao longo do ano passado descrevendo as motivações, o início e os primeiros passos do projeto “Imunologia nas Escolas” em sua versão ribeirão pretana. Continuamos nos baseando no ideal de levar o conhecimento imunológico para as salas de aula do ensino médio. Seguindo a premissa do “em time que se ganha, não se mexe” mantivemos a estrutura básica do ano anterior, com quatro atividades abordando uma visão geral do sistema imune e aprofundando nos fenômenos relacionados à inflamação, defesa contra micro-organismos e alergia. No entanto, dizer que seguimos o mesmo roteiro não significa admitir que tudo foi feito de forma igual, afinal, a prática docente exige sempre uma reflexão sobre ela mesma, se reinventando em cima das experiências prévias (já diziam meus professores da área da licenciatura em Biologia).
Para este ano, decidimos atuar apenas em escolas públicas de porte menor, conselho dado por uma educadora consultada. De fato, a parceria com uma instituição não muito grande gera facilidades no planejamento do projeto uma vez que se consegue envolver mais efetivamente os membros da comunidade escolar (direção, coordenação e professores da área) no processo de implantação do projeto, evitando-se contratempos na execução das atividades.
A equipe de pós-graduandos e alunos de graduação também teve uma renovação parcial. Muitos dos alunos do ano anterior se mantiveram no projeto e outros chegaram e é com essa dinâmica que almejamos seguir. Nesse sentido, pretende-se que o aluno que já participou uma vez atue como um monitor, auxiliando os novos membros na elaboração das atividades.
Com base nas filmagens feitas das atividades do primeiro ano, pudemos reformular alguns roteiros e adequar melhor a linguagem técnica imunológica para o nosso público alvo, agora, alunos do segundo ano do ensino médio. Aliás, a decisão de atuar no segundo ano foi feita após uma sugestão da professora de biologia da escola. Segundo ela, nosso trabalho se tornaria mais efetivo, pois ocorreria em paralelo ao momento em que os alunos estariam estudando tópicos relacionados aos aspectos básicos de biologia celular.
Os resultados obtidos ao longo das atividades continuaram sendo motivadores. Lidamos com alunos bastante atentos, o que podíamos constatar com base na diversidade de dúvidas levantadas e nas atividades que propusemos ao longo do projeto. Acesse o link da página do projeto no facebook e veja uma demonstração do que conseguimos ao longo do projeto:
Nesse contexto, a equipe continua trabalhando no sentido de expandir o projeto, com perspectivas futuras de atrair esses alunos para a universidade, de modo que possam até mesmo participar de projetos de pré-iniciação científica. Assim, nosso objetivo é de que a imunologia não seja apenas uma ferramenta para que esses jovens compreendam melhor fenômenos de seu dia a dia, mas sim que eles possam por meio da imunologia, se sentir atraídos pela ciência de modo geral, pelo ambiente universitário, independentemente da área pela qual possuam afinidade.
Por fim, terminamos mais essa etapa do projeto na certeza de que alguns passos mais foram dados, no entanto, cientes de que ainda devemos modificar muitas coisas e implantar outras mais para que o projeto possa ter um impacto social relevante e significativo para a comunidade à qual se destina.

Post de Murilo Solano Dias / FMRP-IBA

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