Chegamos ao
final de mais um ano! Uhuul ... As datas comemorativas se aproximam e aproveito
esse momento oportuno para refletir sobre aquilo que mais gosto de estudar, o
inflamassoma. Se fizermos uma retrospectiva, perceberemos que 2014 foi recheado
de descobertas sensacionais, as quais se estendem desde a investigação de specks extracelulares de ASC até o
reconhecimento do LPS citosólico pelo domínio CARD da caspase-11. E para fechar
o ano com chave de ouro Wang e
colaboradores demonstraram que os vírus de RNA promove a ativação do
inflamassoma de Nlrp3 através da via de sinalização de Rip1 e Rip3. Na hora que
eu li o título do trabalho eu logo pensei: Será que a necroptose, assim como a
piroptose, também está relacionada com a ativação do inflamassoma? Pois bem
meus caros amigos blogueiros, a resposta é que uma cascata de sinalização
distinta da necroptose acontece. O RNA
citosólico derivado da infecção viral induz a formação do complexo Rip1/Rip3,
que de forma independente de MLKL, fosforila a GTPase DRP1. DRP1, por sua vez,
promove a inserção da proteína Fis1 na membrana externa da mitocôndria para que,
assim, possa ser induzido o colapso da organela. Como consequência, tem-se o
aumento dos níveis de espécies reativas de oxigênio e ativação do inflamassoma
de Nlrp3. O mais legal é que se puxarmos todo nosso conhecimento da memória
chegaremos à conclusão de que esse mecanismo atua de maneira diferente dos já
bem estabelecidos ativadores do inflamassoma de Nlrp3. Não é tudo MUITO
interessante?
Figura 1 – A fissão mitocondrial,
iniciada pelo complexo Rip1/Rip3, “abastece” o inflamassoma de Nlrp3.
Comentário:
Rayamajhi,
M. and Miao, E. The RIP1-RIP3 complex initiates mitochondrial fission to fuel
NLRP3. Nature News and Views. 2014. doi:10.1038/ni.3030.
Post de Natália Ketelut
(doutoranda FMRP/USP – IBA)
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