Ser um
pos-doc não o é a mais fácil das profissões. Espere lá, pos-doc não é profissão.
É uma fase, é temporário, vai passar, como um resfriado insistente. Aliás, o
que então significa ser um pos-doutorando?
O dicionário
nos explica: “postdoctoral: of, relating
to, or denoting research undertaken after the completion of doctoral research”. Agora sim. Não somos
aluno, não somos professores. Será que somos um profissional sem terra, sem
direitos, sem profissão?
O fato é
que em 2008, as estimativas mostravam que 89.000 pessoas resolveram seguir os caminhos
da ciência só nos EUA, e vai saber quantos outros no Brasil. Muitas e muitas
pessoas com completa lealdade a seu trabalho.
Então, como
um pos-doc que sou ou que estou, sempre senti muita necessidade de escrever
sobre as nossas perspectivas neste blog. Ainda que ser pos-doc seja apenas
temporário, somos qualificados e necessários demais para não recebermos devida
atenção.
De acordo
com o National Pos-doctoral Association, “um nível apropriado de compensação, plano de saúde,
e outros benefícios deveriam ser garantidos, independente da origem da instituição
financeira que auxilia o pos-doc.
Damos vida
aos projetos, fazemos a máquina andar, guiamos outros alunos, somos de certa
forma o futuro da ciência. Será então que não poderiamos ter um pouco mais de
direitos no Brasil? Como pelo menos o direito de nunca ter o salário atrasado? Com
mais e mais pessoas buscando fazer doutorado e pos-doutorado no Brasil ou no exterior,
eu espero que o nosso país seja capaz de reconhecer e absorver nossos
brilhantes e bravos profissionais a maneira que deve ser. Afinal, as
frustracoes de um pos-doc poderiam ficar limitadas apenas aos resultados
negativos dos experimentos.
Fontes:
http://www.nationalpostdoc.org
Pertinentíssimo!
ResponderExcluirBom o post,
ResponderExcluirMas "profEssional" doeu na espinha!!!
ei anonimo, erro de typing.
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