quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ted Kaptchuk e o efeito placebo


Em julho do ano passado, a Universidade de Harvard criou um programa multidisciplinar para estudo do efeito placebo. Localizado no Beth Israel Deaconess Medical Center, o programa foi batizado de PiPS (Program in Placebo Studies and the Therapeutic Encounter).

Segundo informações do site (aqui), a missão do programa é:

(...) PiPS enables scientific researchers, clinicians, scholars, and students to examine the placebo response and the implications of medical ritual, the patient-provider relationship, cultural context, and the power of imagination and hope in the healing process. Through endeavors in the clinical, basic and social sciences, bioethics, the history of science and philosophy, PiPS seeks to elucidate, quantify, optimize and reaffirm the humanistic and more intangible dimensions of health care.

Depois que a revista The New Yorker publicou a reportagem The Power of Nothing em dezembro do ano passado descrevendo em detalhes a figura de Ted Kaptchuk, diretor do programa, houve uma enxurrada de entrevistas e reportagens com ele na mídia (aqui, aqui, aqui, aqui).

Para quem se interessa pelo tópico, recomendo a leitura da reportagem da New Yorker (resumo aqui, quem quiser o texto completo basta mandar email para sblogi@sbi.org.br). Além da típica descrição do perfil do entrevistado principal (Kaptchuk, no caso), a reportagem de sete páginas faz um resgate histórico ponderado dos estudos científicos do efeito placebo.

Ted Kaptchuk, professor da escola de medicina de Harvard, não é médico e nem tampouco PhD. Ele tem publicado uma miríade de livros, artigos científicos, cartas e revisões em temas como placebo, exorcismo, tratamento de câncer e xamanismo, segundo a reportagem. Ele tem seus críticos e seus defensores. Franklin Miller, do Departamento de Bioética do NIH, disse na reportagem que ninguém sabe mais sobre placebo do que Kaptchuk.

Crédito imagem: CORDELIA MOLLOY/SCIENCE PHOTO LIBRARY

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