quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Vitamina E fortalece o sistema imune




Sabemos que a alteração da resposta imune está relacionada com o desenvolvimento de algumas doenças, diversos fatores externos e internos como a genética, idade, hábito de fumar e a alimentação, podem interferir nesta resposta imunológica.
Mas como a alimentação pode melhorar a reposta imunológica de um individuo? Que nutrientes são esses? Qual é o seu mecanismo de ação? São perguntas que nos deparamos diariamente. Será que a alimentação saudável e balanceada pode melhorar a reposta do hospedeiro durante um processo infeccioso? Alguns estudos respondem estas perguntas.
No curso da reposta inflamatória a produção de TNF-a, óxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (ROS) são importantes, pois essas substâncias apresentam ações microbicidas que levam a destruição do patógeno, por outro lado um desequilíbrio na produção dessas substâncias, no sistema antioxidante enzimático e no consumo de nutrientes antioxidantes pode levar a agressão do tecido celular e exacerbar a resposta inflamatória. Desta forma, nutrientes antioxidantes podem prevenir o estresse oxidativo e melhorar o prognóstico de algumas doenças.
Como sabemos, a membrana plasmática é constituída de duas camadas lipídicas semipermeáveis, que protegem as células do desequilíbrio osmótico, e são dinâmicas pela presença de glicoproteínas com funções diversas.
O α-tocoferol, mais conhecido como vitamina E, é um dos constituintes da membrana plasmática e a protege contra a peroxidação lipídica. Durante o processo de estresse oxidativo, ocorre uma alteração na estrutura dos ácidos graxos que compõem a membrana, devido à presença do radical livre, mas como o radical livre altera a estrutura dos ácidos graxos?
O radical livre são moléculas que apresentam elétrons desemparelhados, e, portanto são instáveis e altamente reativos. Em busca de atingir a sua estabilidade as espécies reativas de oxigênio (ROS) rouba do ácido graxo uma molécula de hidrogênio, transformando-o em um radical lipídico. Esse radical lipídico por estar desemparelhado incorpora rapidamente moléculas de oxigênio na sua estrutura e transforma-se em um radical peróxido, desta forma inicia-se o processo de peroxidação em cadeia.
O processo de peroxidação em cadeia exacerba a resposta inflamatória causa dano à celular e aumenta sua predisposição a proliferação de patógenos. O α-tocoferol controla essa reação doando um átomo de hidrogênio a cada radical lipídico que é formado, bloqueando assim a peroxidação em cadeia e o estresse oxidativo.
Além de controlar a resposta inflamatória durante um processo infeccioso, não podemos esquecer que o α-tocoferol também retarda o envelhecimento, então, o consumo de alimentos fontes de vitamina E pode ter outra excelente justificativa!
Quer garantir a absorção da vitamina E? Se ligue nas dicas:
Por ser uma vitamina lipossolúvel a presença de gordura é indispensável para a sua absorção, então não se esqueça de incluir um pouco de gordura na sua alimentação, mas lembrem: gorduras mono ou poli insaturadas!
Evitem alimentos processados e cozidos em alta temperatura, pois ambos os processos diminuem a quantidade da vitamina E. Suas melhores fontes são alimentos frescos e levemente processados!
Deixo uma receita de uma sobremesa deliciosa, fonte de gordura monoinsaturada e vitamina E, combinação perfeita para você incluir no seu cardápio e fortalecer o sistema imune!

Mousse de Abacate

Ingredientes

- 2 abacates grandes maduro
- 1 caixinha de creme de soja (substituto do creme de leite)
- ¼ xícara (chá) de mel
- 2 colheres (sopa) de suco de limão

- 2 unidades de castanhas do Pará, 3 unidades de avelã e 3 unidades de amêndoas

Preparo: No liquidificador, bater a polpa dos abacates com os demais ingredientes. Transferir a mousse para uma tigela, tampar e levar a geladeira por 2 horas. Decorar com as oleaginosas trituradas.

1. WINTERGERST, ES; MAGGINI, S; HORNIG, DH. Contribution of selected vitamins and trace elements to immune function. Ann Nutr Metab 2007; 51:301-323.
2. SCOLLARD DM. The biology of nerve injury in leprosy. Lepr Rev. 2008 Sep;79(3):242-53.
3. JYOTHI, P; RIYAZ, N; NANDAKUMAR, G; BINITHA, MP. A study of oxidative stress in paucibacillary and multibacillary leprosy. Indian J. Dermatol Venereol Leprol 2008;74:80.
4. MORA, JR; IWATA, M; ANDRIAN, UHV. Vitamin effects on the imune system: vitamins A and D take centre stage. Nat Rev Immunol. 2008; 8(9): 685-698.

Cecilia Passos Vázquez
Nutricionista

Um comentário:

  1. Desculpe-me, a alegação que por a vitamina E ser anti-oxidante leva por isso ser boa para evitar o envelhecimento é uma generalização absurda. Como sabemos a Clinica sempre é mais relevante que estudos em placa de petri e etc.
    Nosso corpo já possui uma imensa quantidade de enzimas capazes de realizar este trabalho. Vide um figado que comporta um espaço considerável de seu abdomen

    Resumindo: Não vejo lógica nesta alegação a luz da evolução


    Fonte: http://www.amazon.com/Bad-Science-Quacks-Pharma-Flacks/dp/0865479186/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1317905242&sr=1-1

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